sábado, 21 de janeiro de 2012

Antidepressivos estão entre remédios mais consumidos no Brasil


Muitos leigos, na ânsia de ajudar pessoas com depressão, passam a cobrar reações do doente ou tentam reanimá-lo. Segundo estudiosos do assunto, essa não é a atitude correta e, às vezes, faz mais mal que bem. O ideal, nesse momento, é ouvi-lo ao máximo, mostrando que ele não está sozinho, e aconselhar a buscas ajuda de profissional especializado, caso observem que o deprimido não está somente triste. ATENÇÃO: O que jamais deve ser feito é o leigo tentar “medicar” o paciente ou induzi-lo à perigosa prática da automedicação. 

Segundo depoimentos de médicos amigos, Sobral e região detêm elevado números de pessoas com essa doença. Outra realidade que chega a assustar é a grande quantidade de pessoas que cometem suicídio na região norte do Ceará, principalmente entre pessoas que já desenvolvendo quadro depressivo. Apesar dessa constatação, o que não dá para entender é o descaso das autoridades de saúde dos municípios. Injustificada e irresponsavelmente ainda não desenvolvem as ações de prevenção recomendadas pela OMS, que há anos considera o suicídio um problema de saúde pública. Enquanto isso não ocorre, aumenta o número de depressivos e o dos que consomem medicamentos, isso quando não antes não põem fim às suas vidas.
Apesar de serem de uso controlado, os ansiolíticos, ou antidepressivos, estão entre os medicamentos mais consumidos no país nos últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses inibidores do sistema nervoso central têm sido mais utilizados no Brasil do que muitos medicamentos que não exigem receitas médicas.
Responsável por fiscalizar a produção e a comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, a Anvisa divulgou nesta sexta-feira (20) boletim técnico contendo uma série de informações a respeito do consumo de medicamentos controlados.

De acordo com o Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, desde 2007 os antidepressivos feitos a partir de substâncias como o clonazepam, bromazepam e alprazolam são os mais consumidos entre os 166 princípios ativos listados na Portaria SVS/MS nº 344, que inclui também as substâncias usadas em outros medicamentos de uso controlado, como emagrecedores e anabolizantes.

Recomendados para o tratamento de casos diagnosticados de ansiedade, depressão e bipolaridade, os ansiolíticos estão entre os remédios conhecidos por “tarja preta”, que só poderiam ser comprados em farmácias registradas e autorizadas pela Anvisa a comercializar os medicamentos listados na Portaria 344. Não é difícil, contudo, encontrar na internet quem os ofereça como solução para curar a tristeza – qualquer que seja a causa – e até a insônia.

De acordo com a Anvisa, a venda legal de Rivotril – nome com o qual é comercializado o antidepressivo produzido a partir do clonazepam – saltou de 29,,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A Anvisa estima que só em 2010 os brasileiros gastaram ao menos R$ 92 milhões com Rivotril.

Entre os ansiolíticos, o segundo mais comercializado, o Lexotan (bromazepan), vendeu, em 2010, 4,4 milhões de unidades. Já o Frontal (alprazolam) registrou 4,3 milhões de unidades. Os técnicos chamam a atenção para o grande volume de receitas prescritas por dentistas e médicos veterinários, percentualmente maior que a quantidade aviada por médicos. (Com informações do Correio Braziliense)

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