
Segundo Salvador, caso a situação se
mantenha, há chance de menos chuva do que tradicionalmente. No entanto, não
é possível prever a intensidade de um eventual novo período de seca. “A
possibilidade [de estiagem] não está afastada”, disse ele.
O meteorologista explicou que, em dezembro, quando
o Inmet levantou os dados para seu prognóstico mais recente sobre o Nordeste, a
temperatura do Atlântico Norte estava de 0,5°C a 1°C acima da média. “Espera-se
que [a alta de temperatura] não se intensifique, ou o risco de prejuízos para
as chuvas é grande”, acrescentou.
Salvador esclareceu que, no ano passado, a
temperatura do oceano chegava a 1,5°C acima da média. Para normalização das
chuvas no Nordeste, o ideal é que ela recue nos próximos meses. Uma nova
medição será feita na segunda quinzena de janeiro.
Para o primeiro trimestre deste ano, o Inmet vê 40%
de possibilidade de chuvas dentro da média e 35% de probabilidade de ficarem
abaixo da média para o semiárido do Ceará, do Piauí, da Paraíba, do Rio Grande
do Norte e do norte da Bahia. Existem ainda 25% de chance de precipitações
acima da média.
Em 2012 e 2013, produtores rurais desses e de
outros estados perderam gado e lavoura com a estiagem e tiveram de ser
socorridos pelo governo, que disponibilizou linhas de crédito emergenciais e
permitiu a renegociação de dívidas a agricultores que não puderam honrar os
pagamentos em função das perdas com a estiagem.
Para 2014, o Ministério da Integração Nacional
informou que ainda aguarda dados mais concretos com relação ao panorama
relacionado à seca para definir ações. O órgão informou ainda que, até o
momento, não há decisão sobre renovação das linhas de crédito, mas que é
possível aderir à renegociação de débitos até 30 de dezembro deste ano. (Ag.
Brasil)
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