A ausência de
médicos é o principal motivo da falta de atendimento a cearenses que tiveram de
procurar um serviço de saúde mais de uma vez, segundo a Pesquisa Nacional
de Saúde (PNS), divulgada nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados da PNS
mostram que dos 1,2 milhão de pessoas no Ceará que informaram
ter procurado algum atendimento de saúde nas duas últimas semanas anteriores à
pesquisa, 95,4% foram atendidos e, destes, 93,3% receberam atendimento
na primeira vez em que procuraram.Entre os que conseguiram atendimento pela
primeira vez, 40,3% alegaram não ter médico atendendo e 36,9% disseram não ter
conseguido vaga ou senha.
Ainda de acordo
com a PNS, dos 7,1 milhões de cearenses que costumam procurar o mesmo lugar, o
mesmo médico ou o mesmo serviço de saúde, a maioria (82,8%) busca atendimento
na rede pública de saúde, acima da proporção nacional, que foi de 71,1%. A
principal referência (55%) são as Unidades Básicas de Saúde (UBS), seguido por
hospital público ou ambulatório (18,6%); unidades de pronto atendimento público
ou emergência de hospital público (8,4%); e centro de especialidades e
policlínica pública (0,8%).
No atendimento
dentário, a pesquisa aponta um cenário diferente, com 55,2% das pessoas que
vivem no Ceará optando por atendimento em consultório ou clínica particular. Em Fortaleza,
a procura por esse serviço de saúde foi de 75,9%, maior do que verificado no
Brasil (74,3%).
Plano e programas
de saúde
A PNS levantou que apenas 15,6%, pouco mais de 1,3 milhão de cearenses, possuem
algum plano de saúde médico ou odontológico, sendo a maioria brancos (22%),
seguido de pardos (12,7%) e pretos (13,6%). Em relação ao cadastro no Programa
de Saúde da Família, a pesquisa mostra que mais da metade da população do Estado
(67,6%) morava em domicílios cadastrados e 49,4% recebiam atendimento
mensalmente, mas 14,2% nunca haviam recebido visita de profissional de saúde
ligado ao programa.
Dengue - Em 2013, 10,9% da população do Ceará (960 mil pessoas) disseram à PNS que já tiveram
dengue alguma vez na vida, mas a pesquisa também mostrou que 85,7% dos
domicílios (2,3 milhões de pessoas) haviam recebido, nos 12 meses anteriores à
dataa de entrevista, pelo menos uma visita de agentes de combate de endemias.
A pesquisa - Ao todo, a PNS visitou 81.767 casas em todos os estados brasileiros, entre as
quais 62.986 aceitaram responder ao questionário do IBGE. Os dados são
relativos ao segundo volume dos resultados obtidos a partir da coleta feita no
segundo semestre de 2013. O primeiro
volume de dados foi divulgado em dezembro de 2014. (G1)
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