sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Governo começa a anunciar medidas para corte de gastos amanhã, diz Delcídio
O governo começa a anunciar amanhã
(11) medidas de contenção de despesas nos ministérios. Segundo o líder do
governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), as medidas de cunho
administrativo serão o início de uma série de decisões para ajustar os gastos
do governo nas próximas semanas.
O primeiro anúncio será a redução
de custeio dos ministérios, que serão reestruturados e terão contratos de
prestação de serviço revistos para cortar gastos. Em seguida, a equipe
econômica deverá anunciar ajustes que ainda estão sendo estudados em programas
de governo, redução de ministérios, obras e investimentos previstos e que não
deverão se realizar.
“A partir de amanhã, o governo já começa a
anunciar as primeiras decisões de caráter administrativo. O governo vai
trabalhar no enxugamento de sua estrutura, no enxugamento de ministérios e na
revisão de contratos de prestação de serviços", acrescentou o líder.
"Ficou acertado que a partir
de amanhã o governo começa a anunciar medidas de cunho administrativo. Na
semana que vem, completaremos as ações do governo, a fim de que possamos sair
desse cenário kafkiano para o Orçamento de 2016”, destacou o parlamentar.
Segundo Delcídio, o governo
analisa obras em andamento e que precisam ser concluídas e os investimentos que
podem ser adiados até a conclusão desses projetos. “Para se ter uma ideia, nós
temos 1,5 milhão de casas para entregar.”
De acordo com o líder, após esse
segundo ajuste, o governo deverá propor novas fontes de receitas
“transitórias”, de modo a ajudar a fechar a conta do Orçamento do próximo ano.
As novas receitas deverão incluir aumento de impostos que não impactem a
inflação.
“Alguns impostos são fáceis de
arrecadar, mas fazem um estrago do ponto de vista inflacionário. A Cide é uma.
A proposta apresentada tem impacto de até 1% na inflação.” Para o líder, a ideia
é “calibrar” para evitar esses efeitos.
Para Delcídio, algumas medidas
terão valor “simbólico”, como o corte de alguns ministérios com pouco impacto
orçamentário, mas indicam que o governo está “dando o exemplo” para ajustar as
contas.
O líder informou que conversou
com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e concluíram que “não dá mais para
esperar”. “Temos até a semana que vem para fechar esse elenco de medidas, a fim
de darmos uma resposta sobre o que o governo tem feito e trabalhado. Também
para responder àqueles que estão esperando as posições do governo no que se
refere ao Orçamento”, concluiu. (Ag. Brasil)
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