O secretário nacional de
Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior, disse hoje (12) que estados e
municípios podem pedir o apoio das Forças Armadas para reforçar o combate
ao mosquito Aedes aegypti, independentemente da mobilização nacional, marcada
para amanhã (13). Segundo ele, cerca de 300 mil agentes comunitários de saúde e
agentes de combate a endemias agem diariamente para eliminar o vetor do vírus
Zika, também transmissor da dengue e da chikungunya.
“Temos mais de 3 mil militares
[das Forças Armadas] trabalhando diariamente, eliminando criadouros do
mosquito, em todos os municípios que solicitaram [ajuda]. Aqueles que
verificaram que o número de agentes era insuficiente para cumprir as metas e
precisou de reforço, solicitou apoio, e o governo federal colocou à disposição
os militares”, explicou o secretário Adriano Pereira, em entrevista ao programa
Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência
da República em parceria com a EBC Serviços.
Neste sábado, ocorre o Dia
Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. Cerca de 220 mil
militares foram deslocados para a ação promovida pelo governo federal. Eles vão
acompanhar os agentes de saúde no trabalho de conscientização, de casa em casa,
para mobilizar famílias no combate ao mosquito. Três milhões de famílias
deverão ser visitadas em casa, em 350 municípios.
As cidades escolhidas foram
aquelas com a presença de unidades militares e aquelas com maior incidência do
mosquito, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Segundo Pereira, não é
possível saber o nível de infestação nacional do Aedes aegypti, mas deve
ultrapassar 1% – que é o considerado aceitável pela Organização Mundial da
Saúde.
“Todos têm de estar engajados
nesta luta, não só conhecendo, mas também executando as tarefas. Uma vez por
semana limpe sua casa, cuide se não há um criadouro. E tem que ser uma rotina
semanal, porque o ciclo do mosquito é de sete dias. Não adianta fazer na
primeira semana e passar três semanas sem fazer nada, pois poderá aparecer um
foco e termos três gerações do mosquito”, destacou.
Combate - O reforço no combate ao Aedes
aegypti começou no dia 29 de janeiro, com um mutirão de limpeza em prédios e
instalações da administração pública em todo o país. Após a mobilização de amanhã,
na próxima etapa, entre 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares das Forças
Armadas farão visitas, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e
autoridades locais, para inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas
e, se for o caso, aplicar larvicida. A última etapa será em parceria com o
Ministério da Educação, com visitas às escolas e conscientização das crianças e
adolescentes sobre formas de evitar a multiplicação do mosquito transmissor.
(JB)
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