"Finalmente!",
foi a exclamação do papa Francisco ao se encontrar com o patriarca de
Moscou, Cirilo I, na primeira reunião na história entre os líderes das
igrejas Católica e Ortodoxa Russa. "Somos
irmãos", disse o Pontífice logo em seguida, em
espanhol.
A certo
ponto, Cirilo afirmou: "Agora as coisas serão mais fáceis". Como
resposta, Jorge Bergoglio declarou: "Está claro que essa é a vontade de
Deus". Os dois líderes estão acompanhados por
tradutores.
O inédito
encontro começou logo após o desembarque do Papa no Aeroporto Internacional
José Martí, em Havana, capital de Cuba.
Ao descer do
avião da Alitalia que o levou, Francisco foi recebido pelo presidente Raúl
Castro, que o acompanhou até o local do cara a cara com o líder
ortodoxo.
Os dois
religiosos se cumprimentaram com um afetuoso abraço e beijos na bochecha. A
expectativa é que o encontro dure mais de duas horas, ao fim das quais eles
trocarão presentes, farão um breve discurso para a imprensa e assinarão uma
declaração conjunta, já acertada pelos assessores diplomáticos de ambos os
lados.
Segundo o
secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a reunião é um
"grande sinal de esperança" e um "momento que dá coragem e
ânimo para continuar tentando construir mais relações de ponte, encontro e
diálogo".
Apenas neste
ano de Jubileu da Misericórdia, o Papa já visitou a Sinagoga de Roma, recebeu
convite para ir à Grande Mesquita da capital italiana, anunciou que viajará, em
outubro, à Suécia para as celebrações pelos 500 anos da Reforma Luterana e
agora se reúne com Cirilo I. E estamos somente em
fevereiro.
O encontro
acontece em um momento no qual Jorge Bergoglio tem insistido na questão da
união entre os cristãos, principalmente por conta das perseguições no Oriente
Médio e na África pelo jihadismo islâmico. Após a histórica aparição ao lado do
patriarca, Francisco segue para o México, onde ficará até o dia 18 de
fevereiro. (JB)
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