UM
GESTO ATENTATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS
O adjetivo atentatório é da família de “atentar”,
verbo que, entre outros significados, possui o de “despertar atentado”. Em
atentatório está presente o sufixo “(t) ório”, acrescentado à forma verbal
atentar. Vale lembrar que o adjetivo atentatório pode reger também as
preposições “a” e “contra”. Ou seja: pode-se dizer também “um gesto atentatório
aos direitos humanos”, “um gesto atentatório dos direitos humanos” ou “um gesto
atentatório contra os direitos humanos”. A terminação “(t) ório” aparece, com o
mesmo valor, em várias palavras, como probatório e comprobatório.
CURINGA OU CORINGA
Em muitas das nossas palavras, o “o” é lido
como “u”. Isso nos faz ter um certo receio de escrever alguns vocábulos com a bendita
letra “u’. É o caso de bueiro, que se escreve com “u” mesmo, mas não é o caso
de poleiro, que se escreve com “o”, já que deriva de “pôlo” (falcão ou gavião
com menos de um ano).
Nos baralhos, há uma carta que pode substituir outra: o curinga, com “u”. Jogador de futebol que joga em várias posições também é curinga, com “u”. Coringa é outra coisa. É um tipo de vela que se coloca em algumas embarcações.
O
QUE É RESERVISTA
Não é difícil entender porque o
reservista tem esse nome. A razão é simples: ele pertence à reserva (das forças
militares do país). O que talvez seja difícil é relacionar reservar com
observar, conservar e preservar. Pois pode relacionar, porque tudo isso é
farinha do mesmo saco. A raiz dessa família “-serv-“ é latina. Vão para a
reserva o cidadão e o que foi dispensado (que é o meu caso) de servir.
Por falar em “servir”, qual é a regência desse verbo? O que se diz: “servir ao Exército” ou “servir no Exército”? Embora a maioria das pessoas optem pela primeira frase (servir ao Exército), a expressão correta é: servir no Exército. Anote também: Ele queria servir na Aeronáutica, mas acabou servindo na Marinha.
ABERTO
(REGÊNCIA NOMINAL)
Rege “a” na acepção de receptivo,
franqueado ou acessível. Exs.: Este é um governo aberto ao diálogo; É uma
exposição aberta ao público; É um curso aberto a qualquer interessado. A
regência “aberto para” deve ser desprezada.
Na acepção de que tem acesso ou
comunicação visual, rege “contra”, “para” ou “sobre”: Era uma janela aberta
contra (ou para ou sobre) um belo jardim.
MAIS
/ A MAIS
Convém não confundir: “MAIS” se usa nas
comparações: Carro importado no Brasil custa cem por cento mais que no país de
origem. “A MAIS” é o mesmo que “de mais”; Recebi troco a mais. O mesmo se
verifica com “menos” e “a menos”.
MAIORMENTE
Mormente, principalmente: Ele não admite
brincadeiras, maiormente as de mau-gosto.
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