Palco
vazio
Aninha Martins (*)
Que triste é ver
A bica adormecer
Perceber que a mata sombria
Hoje, nos traz melancolia
Olhar a vegetação quase morta
Sem nenhuma clorofila
Lugar de tanta riqueza
Guardião de tesouros
Tantos seres importantes
Fauna e flora, abundantes
Mas parece que foi embora
E, nem tudo irá voltar.
E o que diria Iracema,
A bela do poema?
Se pudesse avistar
O cenário de seu encanto
Talvez, caísse em pranto
Por não conseguir ouvir
A melodia das águas
Que, constantemente, caiam
Entrava em profunda tristeza
Por não enxergar toda beleza
Que embalou sua paixão
Nascida nesse chão
Martim, ficaria atordoado
Por contemplar o painel desolado
Faltando os inúmeros sons
Agora, só alguns
Como os gritos estridentes
Das cigarras valentes
Mas que ainda continuam a cantar
Como quem pede "socorro"
Para a cascata voltar.
(*) Aninha Martins, de Ipu, professora
e poetisa premiada,
com vários livros
publicados.
e-mail: martins.aninha18@gmail.com
e-mail: martins.aninha18@gmail.com
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