
De acordo com o anúncio feito nesta quinta-feira (20), o
interrogatório deverá ser prestado por videoconferência para evitar os gastos
públicos com a segurança do ex-presidente. A defesa do ex-mandatário tem cinco
dias para se manifestar sobre o pedido.
"Considerando o havido no interrogatório de Luiz
Inácio Lula da Silva na ação penal que acabou envolvendo gastos necessários,
mas indesejáveis de recursos públicos com medidas de segurança, diga a Defesa
respectiva, em cinco dias, se tem objeções à realização de novo interrogatório
do acusado em questão por videoconferência com a Justiça Federal de São
Paulo", escreveu o juiz.
Lula é acusado pelo Ministério Público Federal de ter
recebido o terreno e o apartamento como um pagamento de propina da Odebrecht
por contratos obtidos com a Petrobras. No terreno seria construída a nova sede
do Instituto Lula enquanto o apartamento é vizinho àquele onde o ex-presidente
mora.
A acusação é de corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
em uma negociação de R$ 13 milhões.
A defesa sempre negou as acusações e o Instituto alega
que "nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até
hoje" e que foi adquirido em 1990. Já a construtora se limita a dizer que
"colabora com a Justiça".
Lula foi condenado recentemente na primeira ação a que
respondeu na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a nove anos
e meio de prisão. O caso referia-se a uma reforma de uma apartamento tríplex na
praia do Guarujá, que teria sido pago com dinheiro de propina. A defesa do
ex-presidente recorreu da decisão em segunda instância. (JB)
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