quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

COLUNA WILSON BELCHIOR: O Patriarca dos Belchior

O Patriarca dos Belchior nasceu na Villa de Sobral e se chamava BELCHIOR FERNANDES BATISTA. Filho de Antônio Fernandes Batista, português que migrou para Sobral, onde se tornou um próspero comerciante, e de Dona Florência Maria de Jesus, da família dos Holanda Cavalcante.

Jovem ainda foi morar com seus pais em suas terras, no Jagarassuhí, composta de vários quinhões, e regularizadas em uma só imensa gleba em dois de julho de 1819, formando a Sesmaria Nº 759, de termo da Villa da Granja.

Faz-se mister explicar que, quando Antônio Fernandes Batista chegou a Sobral, não havia na cidade Família Belchior. Porém, ele deixara em Portugal um irmão cujo nome era Belchior Fernandes Batista. Resolveu, então, dar esse mesmo nome a seu primeiro filho.

Com o tempo, os descendentes desse sobralense, Belchior Fernandes Batista, passaram a usar o nome BELCHIOR como nome de sua família.


BELCHIOR FERNANDES BATISTA,
Foi morar com os pais, em plena Natureza,
Onde Deus se manifestava com as chuvas,
As casas não formavam ruas, filhos seguiam
Seus pais, e as mulheres seus maridos.

BELCHIOR FERNANDES BATISTA, casou-se
Com Joaquina Maria de Jesus, filha de Maria
Alves das Pedras de Fogo, e de Jacinto Alves
Passos, com domínios em Ubuassu, hoje
Pessoa Anta, Granja...
Passou a viver, entre oiticicas, aroeiras e
Carnaúbas, ouvindo o canto dos sabiás,
De juritis, papagaios e o mugir dos bois.
Evoluiu na virgem natureza, na placidez
retemperante dos sertões do nosso Ceará,
Na Sesmaria Nº 759, do Jagarassuhí, local
Onde se situa o Campanário, em Uruoca.
Testemunharam sua evolução, Deus,
o Cruzeiros do Sul, a Lua, o Sol,
E as demais estrelas...
Seus descendentes guardam no DNA,
As marcas das enxadas em suas mãos,
A coragem dos que enfrentaram secas,
E a humildade do bom povo do sertão.
Os olhos fundos dos que choram cedo,
O denodo de sempre proteger os seus,
Para nunca se deixar levar pelo ledo,
Mas, pela fé que eles tinham em Deus.
A sabedoria que os mais amados,
Lhes ensinaram nas vicissitudes,
Que, Ser pobre nunca foi pecado,
E que, Ser rico nunca foi virtude.





(*) Wilson Belchior é engenheiro civil, articulista, poeta e memorialista.  







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