Já faz muito tempo que,
no Colégio Sobralense, ouvi Mons. José Aloísio Pinto falar de mulheres que
saíam à noite em busca de trabalho. A emoção que o relato me causou foi tamanha
que resolvi conhecê-las...
Madri, Chamberí, onde estive e vi ao findar da tarde, faltando pouco para o crepúsculo, elas saindo de um casarão. Primeiro poucas, depois mais e, finalmente, muitas. E logo foram formando pequenos grupos e se dirigindo aos pontos de ônibus e estações de metrô, onde apanhariam transporte para os diferentes locais aonde iam.
Madrid viveria mais uma noite intensa e entre os que iam se divertir, ou entre os que voltavam a seus lares, atrás de conforto, depois de mais uma jornada elas se espalharam buscando praticar a SOLIDARIEDADE.
Passariam toda a noite aliviando enfermos que encontrassem prostrados pelas doenças, nos casebres, nas ruas ou numa dessas casas velhas que o tempo transformou em residências de anciãos. Nelas ficariam como velas, sacrificando-se e com suas luzes iluminando a escuridão dos seus sofrimentos.
Eram LAS HERMANITAS DE LOS POBRES, mulheres que, por vocação, fazem diariamente e ao longo de suas vidas a mesma coisa: procurar à noite por enfermos para cuidar, principalmente por aqueles que não têm a quem recorrer. Com as primeiras luzes da manhã, o caminho se inverte e voltam ao mesmo prédio de onde saíram, onde esperarão pela noite seguinte para reiniciarem suas ocupações.
O que fazem? Dão aos enfermos o que têm: seu amor, seu tempo e seus sonhos.
O que esperam deles? Que se sintam aliviados.
O que recebem em troca? Um olhar triste de quem sofre.
O que em mim provocaram? Um bombardeio na minha vaidade.
Terminada a jornada, na apoteose da humildade dizem: Fizemos nosso trabalho, nada por ele merecemos, somos LAS HERMANITAS DE LOS POBRES.
Quando fores a Madrid, onde eu as encontrei, tu as encontrarás em Chamberí, essas exemplares mulheres que agem, mas não falam, pois quem fala, e alto, são seus modos de agir.
Quem sabe, tu não passarás a admirá-las, como eu.
Madri, Chamberí, onde estive e vi ao findar da tarde, faltando pouco para o crepúsculo, elas saindo de um casarão. Primeiro poucas, depois mais e, finalmente, muitas. E logo foram formando pequenos grupos e se dirigindo aos pontos de ônibus e estações de metrô, onde apanhariam transporte para os diferentes locais aonde iam.
Madrid viveria mais uma noite intensa e entre os que iam se divertir, ou entre os que voltavam a seus lares, atrás de conforto, depois de mais uma jornada elas se espalharam buscando praticar a SOLIDARIEDADE.
Passariam toda a noite aliviando enfermos que encontrassem prostrados pelas doenças, nos casebres, nas ruas ou numa dessas casas velhas que o tempo transformou em residências de anciãos. Nelas ficariam como velas, sacrificando-se e com suas luzes iluminando a escuridão dos seus sofrimentos.
Eram LAS HERMANITAS DE LOS POBRES, mulheres que, por vocação, fazem diariamente e ao longo de suas vidas a mesma coisa: procurar à noite por enfermos para cuidar, principalmente por aqueles que não têm a quem recorrer. Com as primeiras luzes da manhã, o caminho se inverte e voltam ao mesmo prédio de onde saíram, onde esperarão pela noite seguinte para reiniciarem suas ocupações.
O que fazem? Dão aos enfermos o que têm: seu amor, seu tempo e seus sonhos.
O que esperam deles? Que se sintam aliviados.
O que recebem em troca? Um olhar triste de quem sofre.
O que em mim provocaram? Um bombardeio na minha vaidade.
Terminada a jornada, na apoteose da humildade dizem: Fizemos nosso trabalho, nada por ele merecemos, somos LAS HERMANITAS DE LOS POBRES.
Quando fores a Madrid, onde eu as encontrei, tu as encontrarás em Chamberí, essas exemplares mulheres que agem, mas não falam, pois quem fala, e alto, são seus modos de agir.
Quem sabe, tu não passarás a admirá-las, como eu.
(*) Wilson Belchior é engenheiro civil, articulista, poeta e memorialista.
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