
O Ministério da Saúde divulgou nesta
sexta-feira (10/04) que o número de mortos pelo novo coronavírus no país chegou
a 1.056. Segundo os números oficiais, foram 115 óbitos confirmados nas últimas
24 horas.
Inicialmente, o número divulgado foi de
1.057, mas depois o ministério retificou o boletim diário. A redução se deveu a
uma correção no número de Alagoas, que caiu de 4 para 3 confirmações.
A taxa de letalidade média no Brasil chegou
a 5,4%, e total de casos confirmados de covid-19 atingiu 19.638.
Em número de casos confirmados, continuam
liderando os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A distribuição pelo país é
a seguinte:
•Sudeste: ES (300); MG (698); RJ (2.464);
SP (8.216)
•Nordeste:
AL (45); BA (604); CE (1.478); MA (293); PB (79); PE (684); PI (40); RN (263);
SE (42)
•Sul: PR
(643); RS (636); SC (693)
•Centro-Oeste:
DF (555); GO (191); MS (97); MT (112)
•Norte: AC (70); AM (981); AP (166); PA (170); RO (32); RR (63); TO (23)
Em número de
mortes pelo novo coronavírus, também lidera o Sudeste (711), seguido por
Nordeste (195), Norte (68), Sul (57) e Centro-Oeste (26). Apenas o Estado de
São Paulo tem 540 óbitos registrados e o Rio, 147, segundo os dados reunidos
pelo ministério. Em seguida, vêm Pernambuco, com 65, e Ceará, com 58.
Desde 19/3,
a pasta deixou de divulgar a quantidade de casos suspeitos e, desde o dia 21,
passou também a considerar que há casos de transmissão comunitária do vírus em
todo o país.
A
transmissão comunitária ocorre quando há casos em que não é mais possível
identificar a cadeia de infecção. Isso significa que o vírus está circulando
livremente na população. A situação é diferente de quando há apenas casos
importados ou de transmissão local, em que é possível identificar a origem da
infecção.
De acordo
com uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseada no estudo de 56
mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e,
em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e
falta de ar) e 6% doença grave (insuficiência pulmonar, choque séptico,
falência de órgãos e risco de morte).
Nos casos
importados, os pacientes se infectaram em viagens ao exterior. Nos casos de
transmissão local, os pacientes se infectaram pelo contato próximo com casos do
novo coronavírus.
Estados
anunciam medidas
Em todo o
país, os estados adotaram medidas para atender as recomendações do ministério.
Passaram a ser proibidos eventos de lazer, culturais e esportivos para evitar aglomerações.
Diversas
universidades e escolas pelo país suspenderam suas atividades nas redes
públicas e particulares. Elas devem ser retomadas a partir do momento em que a
situação da pandemia melhorar.
Também foram
suspensas as visitas a pacientes internados por causa do novo coronavírus em
hospitais públicos e privados e a detentos de unidades prisionais, assim como o
transporte de presos para a realização de audiências.
Ainda haverá
uma redução do atendimento ao público nas repartições públicas.
Pandemia
Em 11 de
março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma pandemia de Covid-19,
a doença causada pelo novo coronavírus, que já infectou 292 mil pessoas e
causou 12,7 mil mortes (segundo dados de 22 de março da OMS) em todo o mundo.
A OMS estima
que 3,4% dos pacientes morrem por causa da Covid-19, a doença causada por este
vírus. Mas especialistas estimam que essa taxa de letalidade gire em torno de
2% ou menos.
O Ministério
da Saúde informou que estudos apontam que 90% dos casos do novo coronavírus
apresentam sintomas leves e podem ser tratados nos postos de saúde ou em casa.
Mas, entre
aqueles que são hospitalizados, o tempo de internação gira em torno de três
semanas, o que gera um impacto sobre os sistemas de saúde, de acordo com a
pasta, já que os leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) ficam
ocupados por um longo tempo. Por isso, o governo vai buscar ampliar o número de
leitos de UTI disponíveis.
Os casos
O primeiro registro do coronavírus no
Brasil foi em 24 de fevereiro. Um empresário de 61 anos, que mora em São Paulo
(SP), foi infectado após retornar de uma viagem, entre 9 e 21 de fevereiro, à
região italiana da Lombardia, a mais afetada do país europeu que tem mais casos
fora da China.
De acordo com o Ministério da Saúde, o
empresário de 61 anos tinha sintomas como febre, tosse seca, dor de garganta e
coriza. Parentes dele passaram a ser monitorados. Dias depois, exames apontaram
que uma pessoa ligada ao paciente também estava com o novo coronavírus e
transmitiu o vírus para uma terceira pessoa. Todos permaneceram em quarentena
em suas casas, pelo período de, ao menos, 14 dias.
Após o primeiro caso, outros diversos
registros passaram a ser feitos no Brasil. Muitos vieram de países com inúmeros
casos do novo coronavírus, mas depois foram registrados casos de transmissão
local e, por fim, comunitária.
Duas semanas depois, foi anunciado que o
empresário de 61 anos está curado da doença provocada pelo novo coronavírus.
A primeira morte no Brasil, de um idoso de
62 anos, foi confirmada em 17 de março. Ele morava em São Paulo (SP).
Cuidados
A principal recomendação de profissionais
de saúde que acompanham o surto é simples, porém bastante eficiente: lavar as
mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de
manipular alimentos.
O ideal é esfregar as mãos por algo entre
15 e 20 segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados.
Se estiver em um ambiente público, por
exemplo, ou com grande aglomeração, não toque a boca, o nariz ou olhos sem
antes ter antes lavado as mãos ou pelo limpá-las com álcool. O vírus é
transmitido por via aérea, mas também pelo contato.
Também é importante manter o ambiente
limpo, higienizando com soluções desinfetantes as superfícies como, por
exemplo, móveis e telefones celulares.
Para limpar o celular, pode-se usar uma
solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de um pano
limpo. (BBC)
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