A área desmatada da Floresta Amazônica no mês de novembro foi de 484 km² - uma extensão que corresponde ao tamanho do município de Porto Alegre. Trata-se de um número 23% maior que os 393 km² desmatados em novembro de 2019.
Este é o maior desmatamento na Amazônia detectado no mês de novembro dos
últimos dez anos. Os dados foram publicados nessa quinta-feira (17) pelo
Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon).
Quase metade (48%) do desmatamento detectado em novembro de 2020 na
Floresta ocorreu no estado do Pará. As outras parcelas ocorreram em Mato Grosso
(19%), Rondônia (10%), Maranhão (9%), Amazonas (8%), Acre (3%), Roraima (2%) e
Amapá (1%).
O boletim aponta ainda que a maior parte (61%) do desmatamento ocorreu
em áreas privadas. O restante foi registrado em áreas de assentamentos (22%),
em unidades de conservação (11%) e em terras indígenas (6%).
O aumento da agressão à Amazônia é ainda mais acentuado quando considerada
a área degradada da floresta. Foram 1.206 km² de Floresta Amazônica degradados
em novembro de 2020, o que representa um aumento de 144% em relação a novembro
do ano passado, quando a degradação foi de 495 km².
A diferença entre desmatamento e degradação, segundo o Imazon, está no
grau de remoção da cobertura florestal original, bem como no uso que é feito da
área que era ocupada pela floresta. Enquanto o desmatamento remove a floresta e
converte a área para outros fins (como pastagens, mineração e urbanização), a
degradação diz respeito a uma remoção parcial e temporária da cobertura
florestal, como para abertura de estradas.
No dia 30 de novembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) divulgou que o desmatamento da Amazônia apresentou uma alta de 9,5% no
último ano. No entanto, levando-se em conta a média dos dez anos anteriores à
posse de Jair Bolsonaro, o desmatamento cresceu 70%, segundo o Observatório do
Clima.
Ao comentar estes números, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão,
minimizou o aumento do desmatamento da Amazônia e disse que a porcentagem
"podia ser pior ainda".(JB/Ag. Sputnik Brasil)
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