Os secretários de saúde estaduais e municipais de Saúde publicaram uma nota neste sábado (5) no site do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pedindo que o governo federal adquira todas as vacinas contra a Covid-19 com eficácia e segurança comprovadas, assim como imunize toda a população brasileira o mais breve possível por meio de um Plano Nacional de Imunizações unificado.
"O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) reiteram a defesa da
incorporação pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) de todas as vacinas
contra a Covid-19, com reconhecidas eficácia e segurança, especialmente as que já
estão sendo testadas no Brasil, considerada, ainda, a necessidade de se
alcançar a imunização de toda a população brasileira, com a máxima
brevidade", afirmaram os secretários em uma nota.
As entidades alertaram para os perigos de uma falta da coordenação
nacional e eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para
a vacinação nos diversos estados, o que dificultaria o acesso universal à
vacina no Brasil.
"É urgente que os processos de avaliação para o uso emergencial de
vacinas contra a Covid-19, a logística de aquisição de insumos, o sistema de
informações, a definição das estratégias de monitoramento e avaliação da
campanha e, principalmente, a aquisição das vacinas estejam sob a coordenação
do Ministério da Saúde, responsável pelo PNI, como medida para
garantir a equidade entre os entes subnacionais", destacou a nota.
O documento ainda afirmou que o PNI é um patrimônio do Brasil que deve
ser transparente e pautado pelos fundamentos da Ciência e interesses da
população.
Em
entrevista à Globonews em novembro, o presidente do Conass, Carlos Lula, já
havia defendido que o Brasil tenha medidas nacionais coordenadas pelo governo
federal no programa de imunização contra o coronavírus.
Em
setembro, a Confederação Nacional de Saúde (CNS) entrou com ação contra
uma lei que estabelece que governo locais têm autonomia
para requisições de bens e serviços privados para o enfrentamento da pandemia
de Covid-19 sem autorização prévia do Ministério da Saúde. Segundo
a CNS, o uso dessa requisição sem controle prévio da União "perturba a
eficácia" de uma política única de enfrentamento da crise sanitária.
Contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve
a autonomia de estados e municípios. (G1)
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