Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, a rede pública
realizou 400,3 mil atendimentos em virtude de transtornos causados pelo consumo
de substâncias químicas. Em 2020, foram registrados 356 mil atendimentos.
Do total de atendimentos realizados no ano passado, 159,6
mil estão relacionados ao uso abusivo do álcool. Em seguida, vêm os transtornos
mentais e comportamentais causados pelo uso de cocaína (31,9 mil) e fumo (18,8
mil).
Opiáceos, canabinoides, sedativos, hipnóticos,
alucinógenos, solventes voláteis e estimulantes (incluindo a cafeína) também
fazem parte do levantamento, com números menores de registros. Por fim, o uso
de múltiplas drogas e de outras substâncias psicoativas não listadas
individualmente somam 151,3 mil atendimentos.
Pacientes do sexo masculino são a maioria dos usuários
atendidos pelo SUS, em qualquer dos casos. Já em relação à faixa etária, a
maior parcela tem entre 25 e 29 anos (303,7 mil registros), seguidos da faixa
de 10 a 24 anos (49,4 mil) e daqueles com 60 ou mais (38,4 mil).
Os números foram divulgados nesse domingo (20), Dia
Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, como uma forma de alerta para o
que o ministério, em nota, classificou como “um problema global”.
Para a pasta, o aumento do último ano pode ser um
indicativo de que, após evitarem ir a estabelecimentos de saúde durante todo o
ano de 2020, com medo de serem infectados pelo novo coronavírus, mais pessoas
voltaram a buscar atendimento médico em 2021.
“Importante lembrar que esses números não são suficientes
para retratar o problema da dependência química no país, tendo em vista que
estamos falando especificamente da quantidade de atendimentos e não do total de
pessoas dependentes”, explica, na nota, o coordenador-geral de Saúde Mental,
Álcool e Outras Drogas do ministério Rafael Bernardon.
“Além disso, muitas pessoas com transtornos decorrentes
do uso dessas substâncias não procuram os serviços de saúde por fatores
diversos, como o estigma e a falta de informação”, pontua. (JB/Ag. Brasil)
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