segunda-feira, 28 de março de 2022

Bolsonaro é convencido por aliados a tirar Milton Ribeiro do Ministério da Educação

Alguns aliados defenderam uma licença de Milton Ribeiro, mas a preferência é pela demissão. Segundo interlocutores de Bolsonaro, a crise só tende a aumentar e novas denúncias devem ser divulgadas.

Com isso, quem ficará mais desgastado é o próprio presidente no ano eleitoral.

A decisão de Bolsonaro pela saída do ministro pode ser anunciada ainda nesta segunda-feira (28), segundo interlocutores próximos ao presidente.


No lugar de Milton Ribeiro, interinamente, deve ficar o secretário-executivo, Victor Godoy Veiga.


Crise no MEC


Ribeiro está no centro de uma crise no MEC que se intensificou na semana passada. O jornal "Folha de S. Paulo" revelou um áudio que mostra o ministro, em uma reunião com prefeitos, dizendo que, a pedido de Bolsonaro, repassa verbas do ministério a municípios escolhidos por pastores.


Na esteira da revelação do áudio, começaram a surgir denúncias de prefeitos de que os pastores favorecidos no MEC cobravam propina dos municípios para a liberação das verbas.


'Cara no fogo'


Logo que a crise estourou, Bolsonaro resistia a demitir Milton. O ministro é considerado uma escolha pessoal do presidente para o MEC.


Em sua live semanal, na quinta-feira (28), o presidente chegou a dizer que colocaria a "cara no fogo" pelo ministro.


"O Milton, coisa rara de eu falar aqui. Eu boto minha cara no fogo pelo Milton, minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele", declarou Bolsonaro. (G1)

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