A Alemanha, país que preside o G7 este ano,
anunciou nesta segunda-feira (2) os países convidados para a próxima cúpula do
grupo, em junho. Berlim chamará os líderes da África do Sul, da Índia, da
Indonésia e do Senegal para o encontro. O Brasil novamente
ficará de fora, pela terceira vez consecutiva.
O G7, grupo de países
desenvolvidos formado por Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França,
Itália, Japão e Canadá, além da União Europeia, costuma convidar para suas
cúpulas alguns países que apresentem relevância no momento.
Na última
edição, realizada no ano passado no Reino Unido, Austrália, Índia,
África do Sul e Coreia e do Sul foram os países convidados.
Em 2020, o presidente brasileiro, Jair
Bolsonaro, chegou a dizer que poderia ser convidado para a reunião do G7, que naquele ano
era presidido pelos Estados Unidos, então comandado por Donald Trump. Por conta
da pandemia, no entanto, o encontro foi adiado, e o Brasil acabou
descartado novamente da lista.
Em 2019, o Brasil também
ficou de fora da cúpula. Na ocasião, o presidente
da França, Emmanuel Macron anunciou uma ajuda emergencial para combater
queimadas na Amazônia, em meio ao clima de tensão entre Brasil e França
por conta de críticas de Macron à falta de combate aos incêndios no Brasil. Após o
anúncio da ajuda, Bolsonaro
questionou os interesses do líder francês na floresta.
Na edição deste ano, que acontecerá entre os
dias 26 e 28 de junho em um castelo do distrito de Garmisch-Partenkirchen, no
sul da Alemanha, os membros do G7 debaterão
pautas em torno da sustentabilidade e da política climática, que já era um tema
central da presidência alemã do grupo. Com o tema
"Progresso na direção de um mundo equitativo", o encontro vai debater
questões como fortalecimento de alianças para um planeta sustentável.
Guerra na Ucrânia
Os países convidados do encontro, em que as
principais economias mundiais discutem alguns temas de relevância do momento e
anunciam medidas conjuntas, costumam ser selecionados por adotarem um papel de
destaque no cenário mundial.
No fim de fevereiro, quando a Rússia invadiu
a Ucrânia, os representantes no Brasil dos
países do G7 pressionaram
para que Bolsonaro se posicionasse sobre a guerra.
Embora ainda não esteja na pauta oficial, a
guerra na Ucrânia também deverá ser um dos temas centrais do encontro. Em 2014,
o G7, que então se
chamava G8, retirou a Rússia do grupo, após o governo de Vladimir Putin invadir
e anexar a Crimeia, região da Ucrânia.
O
Itamaraty ainda não se pronunciou sobre a lista de países de convidados da nova
cúpula do G7.
(G1)
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