

“A
hora é agora. Já aprovamos essa reforma na Câmara [dos Deputados], ela está
travada no Senado. Podemos fazer uma versão mais enxuta, tributando os
super-ricos e reduzindo o imposto sobre as empresas”, disse Guedes durante a
apresentação de uma nova ferramenta para monitorar os investimentos no país.
O
ministro defendeu ainda o fim de toda tributação sobre a indústria “para permitir
que o Brasil, que tem todas as matérias-primas, seja uma potência mundial”. Ele
disse que o governo já segue nesse caminho, e mencionou a redução no Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), promovida via decretos publicados no fim do mês
passado.
A
fala do ministro ocorre depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), ter suspendido, na sexta-feira (6), parte da redução do
IPI, atendendo a pedido do partido Solidariedade.
A
legenda alegou que a redução do IPI em todo o país para produtos que também são
produzidos na Zona Franca de Manaus prejudicaria a vantagem competitiva e o desenvolvimento
da região.
Moraes
suspendeu liminarmente (de maneira provisória) a redução do IPI para todos os
produtos que também sejam produzidos na Zona Franca, onde vigora regime
tributário diferenciado, protegido pela Constituição. Isso inclui itens como
sapatos, TV’s, aparelhos de som, móveis, brinquedos e outros.
"A
redução de alíquotas nos moldes previstos pelos decretos impugnados, sem a
existência de medidas compensatórias à produção na Zona Franca de Manaus, reduz
drasticamente a vantagem comparativa do polo, ameaçando, assim, a própria
persistência desse modelo econômico diferenciado constitucionalmente
protegido”, escreveu o ministro.
Monitor
de investimentos
O
Monitor de Investimentos foi lançado nesta segunda-feira (9) em parceria com o
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e apoio financeiro do governo do
Reino Unido, por meio de um fundo dedicado ao desenvolvimento sustentável.
Na
plataforma ficam disponíveis dados e projeções sobre a economia brasileira e os
planos de desenvolvimento para os setores como os de infraestrutura, energia,
conectividade e saneamento. A ideia é que a ferramenta traga o detalhamento e a
avaliação sobre a sustentabilidade de todos os projetos de parceria
público-privada existentes no Brasil.
“A plataforma vai reunir para o investidor informações relevantes sobre cada projeto disponível, dados da série histórica, aspecto social, aspecto ambiental, plano de expansão e todas as informações necessárias para ajudar a ilustrar não só projeções de investimento como para dar subsídio na tomada de decisão”, explicou Daniella Marques, secretária de Produtividade e Competitividade do ministério. (Ag. Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário