A
assinatura ocorreu na sede do Complexo do Pecém, com a presença do gerente de
desenvolvimento de Negócios da Fortescue Future Industries (FFI Brasil), Luís
Viga; do gerente de Portfólio de Projetos FFI na América Latina, Sebastian Otero;
do secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior; do
presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa; do presidente da Zona de
Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, Eduardo Neves; do presidente da
Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, e de outras autoridades, entre
gestores públicos e executivos da iniciativa privada.
Com
isso, Estado e Fortescue, líder global na indústria de minério de ferro, vão
atuar em cooperação mútua para viabilizar a implantação da primeira usina de
H2V no Pecém, além de fomentar a cadeia produtiva da energia no estado.
“Esse
movimento foi liderado na gestão do governador Camilo Santana, e firma o Ceará
como um polo forte e engajado nesse momento de transição energética, com o
nosso potencial de natureza, mas também o institucional. Para o Ceará avançar
fortemente no desenvolvimento pautado no compromisso com as pessoas. E o Brasil
só tem salvação se o Nordeste continuar sua rota de desenvolvimento”, defendeu
Izolda Cela.
Acompanharam
a assinatura de forma virtual, Agustin Pichot, CEO da FFI na América Latina;
Sebastian Delgui, regional de Assuntos Governamentais; e Ines Kalbermatten,
coordenadora de Comunicação.
“Tenho
o prazer de anunciar este novo marco em nosso trabalho no Brasil junto com o
Governo do Ceará e as autoridades do Porto de Pecém. Este pré-contrato é o
resultado do trabalho que temos feito nos últimos meses e nos permitirá
continuar avançando nos estudos de pré-viabilidade para o desenvolvimento do
nosso projeto de hidrogênio verde. Desta forma, reafirmamos nosso compromisso
de colaborar com as ambições de descarbonização do Brasil e do mundo. Para as
indústrias do futuro da Fortescue, é vital que nos engajemos cedo, de forma
aberta e transparente com as comunidades. Nesse sentido, nos últimos meses,
começamos a aprofundar nosso conhecimento sobre a região, suas comunidades e
sua biodiversidade através de estudos de impacto ambiental e social. A
assinatura deste pré-contrato é a consolidação do progresso do projeto e nos
aproxima da possibilidade de desenvolver a indústria do hidrogênio verde no
Brasil e na região”, disse Agustín Pichot, CEO da Fortescue Future Industries
Latin America.
Com
pré-contrato assinado, a multinacional prevê realizar as seguintes ações:
estudar e procurar identificar oportunidades viáveis para a produção de
hidrogênio verde; envidar seus melhores esforços para colaborar com as
universidades locais para desenvolver programas de pesquisa para promover
tecnologias relacionadas ao hidrogênio; preferencialmente, capacitar e
contratar mão de obra local; contratar serviços e produtos de empresas e
fornecedores locais, de preferência.
H2V: o combustível do futuro
O
Hidrogênio Verde se apresenta como a energia mais limpa para diminuir a emissão
de carbono e, assim, garantir um futuro sustentável para o planeta. De acordo
com o estudo “Scaling Up”, do Hydrogen Council, até 2050 o H2V representará 18%
de toda a energia consumida em todo o mundo.
Nesse
sentido, o Governo do Ceará criou, em fevereiro de 2021, o Hub de Hidrogênio
Verde, numa ação em
parceria com a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec),
Universidade Federal do Ceará (UFC) e Complexo do Pecém. Até o momento, o
Estado já assinou 18 memorandos de cooperação, todos com o objetivo de produzir
e exportar hidrogênio verde.
A
Fortescue assinou, em julho de 2021, um memorando de entendimento para
implantação de uma usina de Hidrogênio Verde no Pecém. “Foi uma longa jornada
em relação a esse pré-contrato, que é muito robusto e vai nos dar autorização
para investir mais ainda. Esse é um dos maiores projetos de Hidrogênio Verde do
mundo, e um dos primeiros também. Como brasileiro estou muito orgulhoso em
trazer isso para o Ceará, que tem nas pessoas o seu diferencial competitivo e
atrativo”, destacou Luís Viga, gerente de desenvolvimento de Negócios da FFI
Brasil.
O
titular da Sedet ressaltou como esse novo passo representa uma quebra de
barreira no processo de transformação da economia cearense. “Uma facilidade
maior, porque a amplitude de negociação com uma empresa global como essa
facilita o caminho das outras”, disse Maia Júnior.
“Estamos
dando hoje um passo muito importante para viabilizar o Hub de Hidrogênio Verde
do Complexo do Pecém. A assinatura desse pré-contrato com a Fortescue é a mais
clara demonstração de confiança nesse projeto. Assim, o Pecém reafirma seu
protagonismo no desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio verde no
Brasil e na América Latina. É um projeto que ganha visibilidade mundial, pois
teremos aqui produção de hidrogênio verde em larga escala”, celebrou Danilo
Serpa, presidente do Complexo do Pecém.
“O dia
de hoje, protagonizado pela governadora Izolda, é de muita alegria para o nosso
Estado, para o Complexo do Pecém e, especialmente, para a ZPE Ceará,
principalmente porque marca mais uma etapa de desenvolvimento do nosso Setor 2,
recentemente inaugurado pelo ex-governador Camilo Santana. Com esse
pré-contrato, abrimos um caminho sólido para a consolidação da expansão da ZPE
Ceará com algo inovador, que é o Hidrogênio Verde. Isso destaca, ainda mais, a
importância da ZPE para o Ceará e para o Complexo do Pecém, que é um grande
diferencial competitivo na atração de grandes investimentos como instrumento de
desenvolvimento econômico para o nosso Estado”, enfatiza Eduardo Neves,
presidente da ZPE Ceará.
“Nós
nunca chegamos a um ponto como esse, que faz parte de um processo que ajuda não
só o Ceará, mas o planeta. O Ceará está dando o exemplo de não só se procurar
com educação e saúde, mas também com meio ambiente. Isso vai fazer toda a
diferença. Nós iremos mudar, sim, a condição socioeconômica dos cearenses. As
pessoas vão morar em seus locais e trabalhar com energia limpa, tendo emprego e
dignidade”, reforçou Ricardo Cavalcante, presidente da Fiec.
A
expectativa é que a Fortescue Future Industries (FFI), subsidiária da
mineradora australiana, exporte H2V para a Europa, América do Norte e outras
partes.
Porto de oportunidades
Inaugurado
em 2002, o Porto do Pecém se caracteriza como um terminal multicargas por
movimentar granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e cargas em geral nos
10 berços que possui. Estrutura que o consolidou como Hub Portuário, conectado
por sete linhas de cabotagem e três de longo curso.
O porto
integra o Complexo do Pecém (CIPP S/A), um empreendimento conjunto formado pelo
Governo do Ceará e pelo Porto de Roterdã, o maior da Europa. O Complexo é
composto ainda por uma área industrial e pela Zona de Processamento de
Exportação (ZPE) do Ceará.
Presentes
Na
ocasião, estiveram presentes Célio Fernando Bezerra Melo, secretário-executivo
de Regionalização e Modernização da Casa Civil; Cândido de Albuquerque, reitor
da Universidade Federal do Ceará; José Wally Mendonça Menezes, reitor do
Instituto Federal do Ceará; Hidelbrando dos Santos Soares, reitor Universidade
Estadual do Ceará (Uece); Carlos Aberto Mendes, superintendente da Estadual do
Meio Ambiente (Semace); Cornelis Hulst, vice-presidente de operações do
Complexo do Pecém; George Braga, vice-presidente financeiro do Complexo do
Pecém; Antônio Carlos Costa, presidente do Settaport; e outras autoridades,
entre gestores públicos e executivos da Fortescue e do Complexo do Pecém. (Gov.
CE)
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