Ministério da Saúde lança iniciativas para saúde mental pelo SUS
O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira
(13) iniciativas voltadas para o cuidado da saúde mental dos brasileiros pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, estão a Linha Vida (196),
teleconsultas para o enfrentamento dos impactos causados pela pandemia da
covid-19 e as Linhas de Cuidado para organizar o atendimento de pacientes com
ansiedade e depressão. Ao todo, serão destinados mais de R$ 45 milhões às
ações.

A Linha Vida, que atenderá pelo número 196,
acolherá pessoas e fará o direcionamento, buscando a prevenção do suicídio e da
automutilação. O projeto-piloto começará pelo Distrito Federal, por um sistema
de atendimento multicanal. O serviço vai funcionar 24 horas por dia, todos os
dias da semana.
Já o Projeto Teleconsulta (telepsiquiatria e
teleterapia) irá apoiar as pessoas que estão lidando com os impactos na saúde
mental causados pela pandemia da covid-19. Feito em parceria com a Associação
Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o objetivo é ampliar a
assistência de pessoas com transtorno mental leve, por meio de recursos de
telemedicina. Serão disponibilizados, mensalmente, de forma online, 12 mil teleconsultas de psicólogos
e 6 mil teleconsultas de psiquiatras. Os serviços serão agendados pelas equipes
das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Os atendimentos serão realizados por meio de
plataforma virtual que disponibilizará o prontuário eletrônico para o registro
dos atendimentos e um programa para a análise dos dados produzidos. O ambiente
será integrado a uma central de agendamento para marcação das consultas e
haverá um chat para autogestão do cuidado e para acompanhamento digital da
saúde mental do usuário. As equipes receberão treinamento e login de acesso ao portal, de
acordo com os critérios definidos pelas Secretarias Municipais e Estaduais de
Saúde.
Pós-pandemia
A pasta lançou também a Estratégia Nacional
de Fortalecimento dos Cuidados à Ansiedade e Depressão (Transtornos do Humor)
pós-pandemia. Ela funcionará a partir do repasse de recurso federal às
Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental para
assistência às crianças e adolescentes com transtorno de ansiedade e depressão.
As equipes poderão estar vinculadas aos ambulatórios, policlínicas, ou unidades
hospitalares pré-existentes, assim como em unidades ambulatoriais novas.
Em outra iniciativa estão as linhas de
cuidado à pessoa com depressão e à pessoa com ansiedade. Segundo o ministério,
a ideia é orientar os serviços de saúde para centrar o cuidado no paciente e em
suas necessidades, demonstrar fluxos assistenciais com planejamentos
terapêuticos seguros e estabelecer o “percurso assistencial” ideal das pessoas
nos diferentes níveis de atenção do SUS.
Crianças e adolescentes
Os impactos da pandemia relacionados à saúde
mental de crianças e jovens também estão sendo monitorados. De acordo com
Ministério da Saúde, uma revisão recente de 29 pesquisas concluiu que os
sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram após o
início da pandemia.
Antes da crise sanitária, os levantamentos
sugeriam que sintomas depressivos eram comuns a 12,9% desse grupo. Já durante a
crise do coronavírus, essa taxa cresceu para 25,2%. Os sinais ansiosos, por sua
vez, aumentaram de 11,6% para 20,5%, e o índice mantém tendências de alta. (Ag.
Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário