A tribuna de honra é a área em que ficam as
autoridades e onde estariam os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF),
da Câmara e do Senado, que não compareceram ao evento neste ano.
Hang é um dos oito empresários
alvos de operação da Polícia Federal em agosto por suspeita de
terem defendido um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) vença as eleições presidenciais deste ano.
A defesa teria sido feita em um grupo privado de
mensagens no aplicativo WhatsApp. A operação foi autorizada pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e faz parte do inquérito que
apura o funcionamento de milícias digitais.
Segundo o portal Metrópoles, Hang é um dos
integrantes do grupo. Nas reportagens publicadas pelo portal, não há menção de
que Hang tenha defendido a realização de um golpe caso Lula vença as eleições.
À BBC News Brasil, a assessoria de imprensa de Hang
enviou uma nota informando que o empresário estaria "tranquilo" e
negando que tenha falado em golpe no grupo de empresários.
"Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe
crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de
WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre
STF", disse.
Atos de natureza
político-partidária
Antes do início do desfile, o Ministério Público
Federal do Distrito Federal divulgou nota na qual diz que o MPF pediu que o
Poder Executivo adote medidas para garantir que "os atos oficiais e o
desfile cívico-militar de 7 de setembro não sejam confundidos com atos de
natureza político-partidária".
"As medidas foram motivadas diante das
manifestações político-partidárias agendadas para o mesmo dia, horário e local
do desfile cívico-militar que acontecerá amanhã, 7, na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília (DF). Nesse contexto, foram distribuídos convites a
servidores civis lotados nos ministérios para que comparecessem ao
evento", diz a nota.
O órgão disse que solicitou medidas para garantir
"a integridade de militares que atuarão no evento e a ida de servidores
civis de forma livre, sem coação".
Segurança no
Supremo
Em 2021, primeira vez que Bolsonaro convocou atos
em seu apoio no 7 de setembro, o STF foi surpreendido pela invasão da Esplanada
dos Ministérios na noite anterior, por caminhões e manifestantes a pé, o que
gerou fortes temores de que a sede do Tribunal poderia ser depredada ou
invadida.
Neste ano, o efetivo que será usado na proteção da
sede do STF neste 7 de setembro foi ampliado em 70% na comparação com o ano
passado - o número total não foi divulgado como estratégia de segurança.
Além da Polícia Judicial do próprio STF, houve
reforço de policiais que atuam em outros edifícios do Poder Judiciário, como o
Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho. Haverá também
efetivo da Tropa de Choque da Polícia Militar do DF.
Esse efetivo terá desde armamentos não letais, como
taser, spray de pimenta e gás lacrimogêneo, até armas de fogo. (BBC)
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