A ideia do deputado é criar um grupo chamado "Guardião da Segurança
Pública", que seria formado por praticantes de artes maciais ou ex-agentes
policiais. Eles receberiam apoio do Estado, com formação e equipamentos.
A iniciativa do parlamentar surge num contexto de escalada de preocupação com
os índices de violência no bairro de Copacabana – embora um levantamento
realizado pela Folha de S.Paulo mostre que os
patamares de crimes no bairro estejam em patamares menores do que os de antes
da pandemia de covid-19.
Ainda assim, moradores da região criaram
um grupo para combater estes crimes. Eles são chamados de
"justiceiros de Copacabana".
O pesquisador Robson Rodrigues, do laboratório de Análise da Violência da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), analisa que esta prática é
ilegal e não traz o resultado desejado.
"Isso é uma tragédia para o Estado Democrático. Isso assevera, assegura e
confirma a falência do Estado", alerta.
Ele participou ao vivo do Central do Brasil desta
segunda-feira (11) e abordou os aspectos centrais sobre as práticas de
"justiçamento" no Brasil.
"O Estado tem dois problemas: o primeiro é que não houve habilidade e
competência para controlar a criminalidade que ensejou esse discurso
oportunista. O segundo problema é deixar e não fazer nada para conter a reação
desses justiçamentos", analisa o especialista.
"Além de ser contra a lei, [o justiçamento]
vale-se de percepções completamente equivocadas e não embasadas nas evidências
que colhem as instituições mais profissionais de segurança pública",
explicou Robson, sobre o entendimento do que é a prática de fazer justiça com
as próprias mãos.
"Muitas vezes, a própria política já tem vieses preconceituosos – e nesse caso
é um problema para a própria instituição, para controlá-los e evitar esse tipo
de procedimento. Que dirá para grupos amadores e que estão orientados muito
mais para as suas emoções do que pela racionalidade que deve ter uma
instituição profissional", concluiu.
A entrevista completa está disponível na edição desta segunda-feira (11)
do Central do Brasil no canal do Brasil de Fato no
YouTube.
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Cúpula social do Mercosul
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Caso George Santos
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foi expulso antes de completar um ano de mandato; caso deve afetar as eleições
presidenciais do ano que vem.
O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. O programa é exibido de segunda a
sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e
por emissoras parceiras.
(Brasil de Fato)
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