sábado, 25 de abril de 2015

POUCAS & BOAS - artemisiodacosta@hotmail.com (Do Jornal Correio da Semana - Sobral-Ce - 25.04.15)

Queremos mais
Parece até o Rio de Janeiro, mas não é. É Sobral, mesmo. Mais de uma vez, várias viaturas da PM tiveram de “comboiar” o féretro de pessoa assassinada por conta da violência que campeia os quatro cantos da cidade. E na maioria das vezes vítima da briga de gangues. Cedo, durante o cortejo, certa tranquilidade; à noite, mais bala, quase sempre. Muitas vezes, sem mais mortes, mas deixa a população apavorada.

Dessa forma, o que tem feito o governo, que é responsável pela segurança, deixa transparecer que é mais fácil e cômodo agir depois do fato consumado, proteger os mortos, já que não tem conseguido segurar detrás das grades os criminosos, às vezes por falta de leis mais rígidas ou falta de condições de cadeias e presídios. Basta lembrar o caso da fuga de mais de uma dezena de presos na Capital, dentre os quais o criminoso “Keké”, principal integrante da recente chacina na localidade de Pau darquinho, Aprazível, distrito de Sobral.
Fazer campanas, diligências, perseguir e prender assassinos ou infratores merece louvor, mas diante da atual conjuntura é muito pouco. Já chega de apenas “resolver” caos de crimes e depois posar para fotos em jornais e entrevistas de rádios e televisão. Basta de prometer desvendar futuros casos e prender quem os praticar. O que a sociedade está a exigir são ações preventivas, trabalho que evite perdas de vidas ou que faça cessar ou reduzir esse espantoso número de assaltos, sequestros e outros crimes. A população clama por polícia nas ruas para se sentir pelo menos um pouco mais segura, pois se a polícia ocupar os espaços não sobrará (espaço) pra bandidagem. Mas, antes disso, também exige de seus representantes eleitos ações que combatam a violência em seu nascedouro: mais educação, mais trabalho, mais saúde e lazer, além de leis e presídios que realmente punam e consigam ressocializar os condenados.

Por seu turno, a imprensa tenta fazer sua parte ouvindo o povo, denunciando, cobrando e colaborando com as autoridades. Observa-se, em âmbito local, que alguns repórteres, comunicadores e blogueiros especializados na área policial prestam um bom serviço noticiando a violência do dia a dia e exigindo ações contra ela. Por outro lado, poderiam fazer muito mais, caso questionassem com mais afinco e segurança as causas, apontassem medidas para reduzir essa violência ou evitá-la e que procurassem eliminar, de vez, essa afrontante veiculação de imagens fortes, violentas.

Na verdade, elas servem unicamente para brutalizar ainda mais quem as vê. Tornando-se insensíveis, essas pessoas passam a assimilar essas tragédias como acontecimentos normais, fatos banais, sem grande importância. E aí,pergunto: Onde fica a privacidade das pessoas possivelmente expostas? E o sentimento dos familiares? Vale lembrar que existe lei que disciplina a exposição de imagens.

Creio que mais producente e salutar seria adaptar à comunicação o que Sócrates, filósofo grego, quis ensinar com “As três peneiras” - Verdade, Bondade e Necessidade. 1º) O fato a ser noticiado é totalmente verdadeiro? Não está danificado pela mania de “noticiar em primeira mão”, o que geralmente causa distorção?; 2º) Mesmo que seja verdadeiro, você gostaria que outros também assim o contassem se fosse a seu respeito? 3º) Noticiar (mostrar) isso irá beneficiar quem vai ver? Fará algum bem a você que vai noticiar? Pensem nisso!
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Cacimba
Com alguma frequência a Polícia local tem procurado a imprensa para anunciar que armas e mais armas são tiradas de circulação. Infelizmente, pelo que se observa parece que quanto mais tira mais arma aparece. Pra completar o serviço, e não deixar margem para desconfiança, que tal destruir em praça pública todo o material apreendido? Dessa forma, todos saberão onde as armas foram parar.

Arre-égua!
Na quinta-feira, 23, o deputado estadual Wanderley Dallas (PMDB-AM), da bancada evangélica estava inspirado (ou é pirado?). Ele defendeu que inusitados termos da linguagem regional, como "piroca", "cabaço", "baitola", "pinguelo" e "xibiu", incorporem-se ao Patrimônio Cultural de natureza imaterial. Leia a matéria completa clicando aqui: http://artemisiodacosta.blogspot.com.br/2015/04/deputado-evangelico-propoe-transformar.html

Marróia
Só que o iluminado parlamentar baiano deixou de fora um termo muito conhecido: MAMA NA ÉGUA (burro). Certamente porque se coaduna perfeitamente com o que ele é. Quem mandou votar nele!

Mulheres feras
Vêm aí o Dia da Empregada Doméstica e o Dia Nacional da Mulher - 27 e 30 de abril, respectivamente. As datas fazem referência a duas extraordinárias mulheres: Zita (1218 - 1278), doméstica italiana, depois, Santa; e Jerônima Mesquita (1880 - 1972), líder feminista brasileira. Duas “feras” de cujas vidas poderiam ser extraídas grandes lições para as demais companheiras de sexo.  

Fera e fruta
Fera não rima com fruta, mas ultimamente muitas mulheres vêm apelando para a flora brasileira, numa estratégia cujo efeito tem curta e suspeita duração. Isso quando não se converte em ato suicida perante a família, patrões e amigos. Deixam de ser respeitadas por conta da vulgarização do corpo e viram apenas objeto de desejo.

Nem pensar
Mulheres de corpos esculturais, belíssimas (talvez só o corpo mesmo) continuam agradando a macharada e agredindo a flora: Mulher maça, mulher melancia, mulher morango, mulher melão, mulher pera, mulher samambaia... Outras, ficam escondidas: mulher abacaxi, mulher ata, mulher jaca, mulher maracujá, mulher limão... 

Das antigas
Fiquei feliz em reencontrar o vitorioso sobralense Luciano Prado (foto), filho do saudoso casal Mundica/Agenor Prado, amigo de infância da Rua Cel. Diogo Gomes (perto do Mercado). Depois de rodar o Brasil como Policial Federal, atualmente LP curte merecida aposentadoria entre Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Através do Facebook, Luciano está revisitando e refortalecendo laços de amizades aqui iniciados há mais de quarenta anos.

Pérolas do Rádio
Alguns companheiros continuam deturpando nomes de ouvintes (mesmo que nomes comuns), pelo simples fatos de não articularem bem as palavras. Assim, irritam seus donos, pois são nomes que, se bem pronunciados, soam bonito e muito forte. Eis alguns: Ontoi por Antônio; Ruaquim por Joaquim; Rusé por José; Mocir por Moacir; Pedo por Pedro; Ramundo por Raimundo por Ramundo e por aí segue uma imensa lista.

Domingo na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, entrevistas e a música de qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496.

LEIA, CRITIQUE, SUGIRA E DIVULGE
www.artemisiodacosta.blogspot.com



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