Queremos
mais
Parece até o Rio de Janeiro, mas não é. É Sobral, mesmo. Mais de uma vez,
várias viaturas da PM tiveram de “comboiar” o féretro de pessoa assassinada por
conta da violência que campeia os quatro cantos da cidade. E na maioria das
vezes vítima da briga de gangues. Cedo, durante o cortejo, certa tranquilidade;
à noite, mais bala, quase sempre. Muitas vezes, sem mais mortes, mas deixa a
população apavorada.
Dessa forma, o que tem feito o governo, que é responsável
pela segurança, deixa transparecer que é mais fácil e cômodo agir depois do
fato consumado, proteger os mortos, já que não tem conseguido segurar detrás
das grades os criminosos, às vezes por falta de leis mais rígidas ou falta de condições
de cadeias e presídios. Basta lembrar o caso da fuga de mais de uma dezena de
presos na Capital, dentre os quais o criminoso “Keké”, principal integrante da
recente chacina na localidade de Pau darquinho, Aprazível, distrito de Sobral.
Fazer campanas, diligências, perseguir e prender
assassinos ou infratores merece louvor, mas diante da atual conjuntura é muito
pouco. Já chega de apenas “resolver” caos de crimes e depois posar para fotos
em jornais e entrevistas de rádios e televisão. Basta de prometer desvendar futuros
casos e prender quem os praticar. O que a sociedade está a exigir são ações
preventivas, trabalho que evite perdas de vidas ou que faça cessar ou reduzir
esse espantoso número de assaltos, sequestros e outros crimes. A população
clama por polícia nas ruas para se sentir pelo menos um pouco mais segura, pois
se a polícia ocupar os espaços não sobrará (espaço) pra bandidagem. Mas, antes
disso, também exige de seus representantes eleitos ações que combatam a
violência em seu nascedouro: mais educação, mais trabalho, mais saúde e lazer,
além de leis e presídios que realmente punam e consigam ressocializar os
condenados.
Por seu turno, a imprensa tenta fazer sua parte ouvindo o povo,
denunciando, cobrando e colaborando com as autoridades. Observa-se, em âmbito
local, que alguns repórteres, comunicadores e blogueiros especializados na área
policial prestam um bom serviço noticiando a violência do dia a dia e exigindo
ações contra ela. Por outro lado, poderiam fazer muito mais, caso questionassem
com mais afinco e segurança as causas, apontassem medidas para reduzir essa
violência ou evitá-la e que procurassem eliminar, de vez, essa afrontante
veiculação de imagens fortes, violentas.
Na verdade, elas servem unicamente para brutalizar ainda
mais quem as vê. Tornando-se insensíveis, essas pessoas passam a assimilar
essas tragédias como acontecimentos normais, fatos banais, sem grande
importância. E aí,pergunto: Onde fica a privacidade das pessoas possivelmente
expostas? E o sentimento dos familiares? Vale lembrar que existe lei que
disciplina a exposição de imagens.
Creio que mais producente e salutar seria adaptar à
comunicação o que Sócrates, filósofo grego, quis ensinar com “As três peneiras”
- Verdade, Bondade e Necessidade. 1º) O fato a ser noticiado é totalmente
verdadeiro? Não está danificado pela mania de “noticiar em primeira mão”, o que
geralmente causa distorção?; 2º) Mesmo que seja verdadeiro, você gostaria que
outros também assim o contassem se fosse a seu respeito? 3º) Noticiar (mostrar)
isso irá beneficiar quem vai ver? Fará algum bem a você que vai noticiar?
Pensem nisso!
*****
Cacimba
Com alguma frequência a Polícia local tem procurado a
imprensa para anunciar que armas e mais armas são tiradas de circulação.
Infelizmente, pelo que se observa parece que quanto mais tira mais arma
aparece. Pra completar o serviço, e não deixar margem para desconfiança, que
tal destruir em praça pública todo o material apreendido? Dessa forma, todos
saberão onde as armas foram parar.
Arre-égua!
Na quinta-feira, 23, o deputado estadual
Wanderley Dallas (PMDB-AM), da bancada evangélica estava inspirado (ou é
pirado?). Ele defendeu que inusitados termos da linguagem regional, como
"piroca", "cabaço", "baitola", "pinguelo"
e "xibiu", incorporem-se ao Patrimônio Cultural de natureza
imaterial. Leia a matéria completa clicando aqui: http://artemisiodacosta.blogspot.com.br/2015/04/deputado-evangelico-propoe-transformar.html
Marróia
Só que o iluminado parlamentar baiano deixou
de fora um termo muito conhecido: MAMA NA ÉGUA (burro). Certamente porque se
coaduna perfeitamente com o que ele é. Quem mandou votar nele!
Mulheres feras
Vêm aí o
Dia da Empregada Doméstica e o Dia Nacional da Mulher - 27 e 30 de abril,
respectivamente. As datas fazem referência a duas extraordinárias mulheres:
Zita (1218 - 1278), doméstica italiana, depois, Santa; e Jerônima Mesquita (1880 - 1972), líder feminista brasileira. Duas “feras” de cujas vidas
poderiam ser extraídas grandes lições para as demais companheiras de sexo.
Fera e fruta
Fera
não rima com fruta, mas ultimamente muitas mulheres vêm apelando para a flora
brasileira, numa estratégia cujo efeito tem curta e suspeita duração. Isso quando
não se converte em ato suicida perante a família, patrões e amigos. Deixam de
ser respeitadas por conta da vulgarização do corpo e viram apenas objeto de
desejo.
Nem pensar
Mulheres
de corpos esculturais, belíssimas (talvez só o corpo mesmo) continuam agradando
a macharada e agredindo a flora: Mulher maça, mulher melancia, mulher morango,
mulher melão, mulher pera, mulher samambaia... Outras, ficam escondidas: mulher
abacaxi, mulher ata, mulher jaca, mulher maracujá, mulher limão...
Das antigas
Fiquei feliz em reencontrar o vitorioso sobralense Luciano
Prado (foto), filho do saudoso casal Mundica/Agenor Prado, amigo de infância da
Rua Cel. Diogo Gomes (perto do Mercado). Depois de rodar o Brasil como Policial
Federal, atualmente LP curte merecida aposentadoria entre Ceará, Rio de Janeiro
e Rio Grande do Norte. Através do Facebook, Luciano está revisitando e
refortalecendo laços de amizades aqui iniciados há mais de quarenta anos.
Pérolas do Rádio
Alguns companheiros
continuam deturpando nomes de ouvintes (mesmo que nomes comuns), pelo simples
fatos de não articularem bem as palavras. Assim, irritam seus donos, pois são
nomes que, se bem pronunciados, soam bonito e muito forte. Eis alguns: Ontoi
por Antônio; Ruaquim por Joaquim; Rusé por José; Mocir por Moacir; Pedo por Pedro;
Ramundo por Raimundo por Ramundo e por aí segue uma imensa lista.
Domingo na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
Até amanhã, no Programa
Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades,
entrevistas e a música de qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496.
LEIA, CRITIQUE, SUGIRA E DIVULGE
www.artemisiodacosta.blogspot.com
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