
DIA DAS MÃES: Muito obrigado,
dona Gerarda!
Eis que chega mais
um Dia das Mães, ocasião que tem tudo para refortalecer os sublimes laços que
unem mãe, pai, filhos, filhas, enfim, a família. Lamentavelmente em milhões de
lares a sensibilidade aos sentimentos de gratidão e afeto está adormecida por força
do consumismo desenfreado. Assim sendo, nessas atas apelam para o presente
material, para a alegria dos comerciantes. Tendo como comprar e dar, um
agradinho não faz mal, não. O que não pode é esquecer que o presente mais
desejado não está à venda: a presença física, envolta do máximo de gratidão,
carinho e respeito à homenageada.
Quanto àqueles que
ainda têm mães consigo, insisto: Ouça um órfão. Assim, futuramente a
consciência não cobrará, por exemplo: Por mais
que lhe dei mais carinho, atenção e declarei o amor ainda em vida Por que não
lhe pedi perdão? Por que não agradeci mais o que eles fizeram por mim? Por que
não fiz isso? Por que não disse aquilo? etc.
Essas indagações começarão a
perturbar o (a) filho (a) assim que sua mãe fechar os olhos. E o pior: só
cessará quando o filho (a) também cerrar os seus olhos.
Já aos órfãos, como
é meu caso, não somente hoje, mas sempre, digo que o ideal é voltar o olhar
para as mamães dos abrigos, para as pobres e sofridas, as discriminadas e
marginalizadas e para as ignoradas pelos filhos de sangue ou por suas famílias.
Elas são dignas de todo o carinho e respeito que seria dispensado à mamãe do
órfão, que poderá ser reconhecida/lembrada numa dessas figuras. Outra coisa: procurar alertar os que ainda têm mães, orientando-os
a cuidarem mais delas e a as tratarem melhor, afim de que não sejam apenados
pela consciência no futuro
Há quase oito anos
minha mãezinha Gerarda partiu. Em sua infinita bondade, naquele dia Deus me
colocou ao lado dela, segurando-lhe a mão, numa união tão íntima que até seu
último suspiro detectei claramente. E naquele instante único e mágico, o soltar
a minha mão significou: Vai, filho! Prossiga na estrada que eu e seu pai
apontamos! Não te desvies dela, pois com certeza ela te levará à casa do nosso
Pai, para onde estou indo em paz.
Em nome da minha mãe (dona GERARDA), desejo às demais um FELIZ DIA DAS MÃES!
Segunda-feira, 27 de
junho de 2011, 5h10min da madrugada. Data e hora que ficaram gravadas para
sempre na memória dos 13 filhos, 23 netos e 9 bisnetos da nossa GERARDA ALVES
DA COSTA; na memória dos demais familiares e dos que pertenciam ao seu círculo
de amizade.
Para quem se permite
nortear pela visão limitada da emoção, foi o momento exato em que a doença
causou a morte do seu corpo, apesar da sua brava luta pela vida. Foi o adeus
aos familiares e amigos que permanecerão mais um tempo por aqui, na esperança
do reencontro por lá. Foi a ocasião em
que sua ausência física fez instalar-se um imenso vazio em sua família. Mas de
tudo isso o tempo se encarregará e aos poucos todos a isso se acostumarão.
Basta ter fé e esperança.
Para os que se
deixam conduzir pela esperança e iluminar pela fé a lembrança imorredoura da
partida de nossa Gerarda tem significado muito mais profundo. Para esses,
naquela ocasião Deus assinou o certificado de que naquele dia a saúde da alma
de dona Gerarda deu vida a um corpo agora glorioso, tornando-a, assim,
vencedora diante da morte. A fé e a esperança também asseguram que o 27 de
junho transformou-se no dia do grande abraço dela no seu saudoso esposo
Gonçalo, nos outros 9 filhos, nos familiares e amigos também já falecidos. E
para os que têm fé, lembrar-se do 27 de junho como o dia da presença de dona
Gerarda diante do Pai Eterno será o bastante para que todos fiquem preenchidos
pela paz que vem de Deus.
Nossa inesquecível
Gerarda Alves da Costa nasceu na serra Meruoca (CE) em 15 de setembro de 1923,
sendo a última filha a falecer do casal Francisco Xavier Bôto e Albertina Muniz
Farrapo. Ainda menina foi morar no distrito de Bonfim, onde se casou com
Gonçalo Alves da Costa com quem gerou 22 filhos, dos quais 13 ainda vivos.
Os poucos recursos
financeiros e a falta de escolarização não foram empecilho para que o casal
conduzisse sua grande família sempre no caminho do bem. Caridade, humildade,
otimismo, perseverança, amor ao próximo e, acima de tudo, a fé em Deus foram os
instrumentos com os quais nossa Gerarda enfrentou a vida durante seus 87 anos.
Foi uma batalhadora pela vida digna e exemplar.
Equilibrada no falar
e no agir, silenciosa diante das ofensas, defensora e promovente da concórdia e
do perdão e esbanjadora no fazer caridade. Foi uma missionária da paz.
Serenidade e
paciência - Sua marca registrada, o que se comprova nos momentos de dores
fortíssimas nos seus últimos dias. Além de procurar tranqüilizar quem a
acompanhava em seu sofrimento, ainda tentava amenizar a dor de quem estivesse
próximo. Nem mesmo as agonias da morte lhe fizeram abrir mão das virtudes que
mais unem o homem ao Pai. A Ele, a Jesus e a Nossa Senhora nossa Gerarda
entregou-se completamente com muita resignação. Foi uma guerreira da fé.
Com sua partida para
o descanso eterno dessa batalha vencida na terra, o exército criado por nossa
Gerarda segue pela vida, usando suas mesmas armas. O caminho do bem ficou
traçado. Basta segui-lo.
Agradecemos a todos
que estiveram presentes nos momentos de alegria e de tristeza de sua vida. À
nossa querida mãe, avô, bisavó, tia, cunhada, sogra e amiga Gerarda, o perdão
por nossas falhas ou omissões. Muito obrigado! E a Deus também por nos ter dado
tão valioso presente.
A Deus pedimos que a
mesma luz que iluminou nossa Gerarda Alves da Costa também nos ilumine, a fim
de prosseguirmos trilhando o caminho que nos levará a ficar eternamente ao lado
do Pai Eterno.
É a eterna gratidão
em nome dos filhos: Francisco, Fransquinha, Neuma, Edmilson, Elza, Antônio,
Artemísio, Carlos, Armando, Heraldo, Rejane, Cleide e Patrícia. (Mensagem por
ocasião da missa do 7º Dia)
DOMINGO NA EDUCADORA AM 950
- SOBRAL-CE
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950, com
notícias, reportagens, curiosidades e música de qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496 // Facebook:
Artemísio da Costa.
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