Nas
eleições municipais de 2020, haviam se alistado 1.030.563 eleitores
adolescentes, que não têm a obrigação de votar. No Brasil, o voto é obrigatório
somente entre os 18 e os 70 anos, conforme a Constituição. O crescimento dessa
faixa etária superou em muito o do eleitorado em geral, que subiu 5,4% de um
pleito municipal a outro.
Com
isso, eles agora chegam a 1,17% de todo o eleitorado brasileiro, que soma mais
de 155,9 milhões de votantes. A faixa etária com maior eleitorado é a de 45 a
59 anos, que soma 38.883.736 eleitores.
Nas
eleições gerais de 2022, os adolescentes haviam comparecido em número ainda
maior, com o alistamento 2,1 milhões (51,13% acima de 2018). O TSE, contudo,
evita fazer a comparação entre os dois tipos de eleição, pois há localidades
que não participam das eleições municipais, como é o caso de Brasília, Fernando
de Noronha e das seções eleitorais no exterior.
Já
na outra ponta do eleitorado, 15,2 milhões de eleitores acima dos 70 anos estão
aptos a votar neste ano, 9,76% do eleitorado total. O número é 23% maior que em
2020, quando eram 12,3 milhões. Somando-se aos jovens, totalizam 20,5
milhões de brasileiras e brasileiros que podem escolher se votarão nas eleições
de 2024.
Perfil
Em
todas as faixas etárias, as mulheres são maioria, refletindo o que já ocorre na
pirâmide etária da população em geral. Geograficamente, elas são a maioria dos
votantes em 3.432 municípios, dos 5.569 que participam das eleições neste ano,
ou seis em cada dez. A maior proporção é em Maceió, onde elas são 55,3% dos
eleitores. Uma curiosidade é que em 11 cidades há exatamente o mesmo número de
homens e mulheres votantes.
Neste
ano, 28.769 pessoas não informaram o sexo. Ao mesmo tempo, quadruplicaram
aquelas que adotaram o nome social no título de eleitor, na comparação entre
eleições municipais. Elas agora somam 41.537 pessoas, ante 9.985 em 2020.
Também
aumentou acima do ritmo do eleitorado em geral o número de eleitores que
declaram algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, de 1.157.619 em 2020
para 1.451.846 neste ano, alta de 25%.
Das
500.183 seções eleitorais espalhadas pelo país, a Justiça Eleitoral separou
180.191 para contarem com recursos de acessibilidade. O prazo para solicitar a
transferência para uma seção desse tipo se encerrou em 22 de agosto.
Em
relação à escolaridade, a maior parte do eleitorado tem o ensino médio completo
(42,1 milhões) ou o fundamenta completo (35 milhões). Os que têm nível superior
completo são 16,7 milhões, enquanto 5,5 milhões se declararam
analfabetos.
Seguindo
a divisão geográfica da população, a maior parte dos eleitores mora no Sudeste
(66,9 milhões), seguido por Nordeste (43,3 milhões), Sul (22,6 milhões), Norte
(12,9 milhões) e Centro-Oeste (9,7 milhões).
Somente
no município de São Paulo, o mais povoado do país, podem votar 9,3 milhões de
pessoas. A cidade com o menor número de eleitores é Borá, com 1.094, que
curiosamente também fica no estado de São Paulo.
Neste ano, o eleitorado brasileiro foi chamado a comparecer às urnas em 6 de outubro, quando deverão escolher prefeitos, vices e vereadores de suas cidades. Eventual segundo turno está marcado para 27 de outubro, mas somente em cidades com 200 mil habitantes ou mais, e na qual nenhum candidato tenha conseguido maioria absoluta dos votos.
(Felipe Pontes - JB/Ag. Brasil)
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