Em
nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu
enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto.
Descendente
de imigrante italianos, ele nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se
economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático
em 1958. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise
Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP).
Foi
membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo
Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em
1966.
Foi
um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de
1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi
instituído durante o governo Gosta e Silva, para suspender direitos e garantias
individuais.
Delfim
Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e
ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974.
Nos
quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a
integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo
Figueiredo.
Delfim
foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático
Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado
federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até
2007. (JB/Ag. Brasil)
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