segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Sesa e ESP/CE capacitam profissionais para qualificar atendimento da APS a vítimas de violências

Sofrer uma violência física, sexual ou psicológica é sempre desafiador. Independentemente do tipo de agressão, no entanto, tornar a experiência menos traumática à vítima exige acolhimento humanizado e cuidado integral. Para garantir todo esse aparato, são vários os órgãos envolvidos, entre eles os que envolvem a Saúde.

Nesse sentido, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e a Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) têm atuado em uma frente de trabalho específica: a capacitação dos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) assistindo aos pacientes violentados.

Em julho passado, as instituições lançaram o Curso de Cuidado Integral a Pessoas em Situação de Violências. A turma-piloto teve as atividades realizadas em Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, com cerca de 40 alunos. Já neste mês, Fortaleza recebeu o projeto, tendo as aulas aplicadas na sede da autarquia.

Durante o período de aprendizagem, que tem duração de 60 horas, diversas temáticas são abordadas, como as bases conceituais e históricas da violência no setor da saúde; os ciclos de vida e as vulnerabilidades; os marcos legais para a coibição e prevenção das violências; e promoção da cultura de paz.

Os conteúdos convergem com os objetivos da Política Estadual do Cuidado à Pessoa em Situação de Violência, elaborada pela Secretaria Executiva de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Seaps) da Sesa e aprovada no último mês de dezembro.

Segundo a titular da Seaps, Vaudelice Mota, a meta é que esses pacientes recebam, além de assistência física e psicológica, um bom acolhimento. Veja o depoimento da gestora:

“Queremos que esses pacientes sigam uma linha de acompanhamento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), para que, na apuração, os nossos profissionais saibam como ajudá-los e para onde direcioná-los. No entanto, é necessário criar ou aperfeiçoar o desenho desse fluxo em todas as cidades”, explica.

Ao fim do curso, os alunos elaboraram um fluxograma de atendimento para a rede intersetorial.

Impressões de quem fez

A enfermeira Monisya Oliveira, de Milagres, a 440 quilômetros de Fortaleza, foi uma das integrantes da primeira turma da capacitação, no Cariri. Além de atuar na Residência Integral em Saúde da Família, Comunidade e Vigilância em Saúde do município, ela é articuladora de um programa que tem como missão fortalecer a rede de proteção das vítimas de violência. Por esse motivo, a profissional foi indicada a participar do curso. A enfermeira Cláudia Roberta, de Ocara, também ingressou na trilha de aprendizagem e acredita que o conhecimento adquirido vai ser essencial para otimizar a rotina de trabalho dela.

(Gov. CE)

Nenhum comentário:

Postar um comentário