Nesse sentido, a Secretaria da Saúde do Ceará
(Sesa) e a Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) têm
atuado em uma frente de trabalho específica: a capacitação dos profissionais
que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) assistindo aos pacientes
violentados.
Em julho passado, as instituições lançaram o
Curso de Cuidado Integral a Pessoas em Situação de Violências. A turma-piloto
teve as atividades realizadas em Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, com
cerca de 40 alunos. Já neste mês, Fortaleza recebeu o projeto, tendo as aulas
aplicadas na sede da autarquia.
Durante o período de aprendizagem, que tem
duração de 60 horas, diversas temáticas são abordadas, como as bases
conceituais e históricas da violência no setor da saúde; os ciclos de vida e as
vulnerabilidades; os marcos legais para a coibição e prevenção das violências;
e promoção da cultura de paz.
Os conteúdos convergem com os objetivos da
Política Estadual do Cuidado à Pessoa em Situação de Violência, elaborada pela
Secretaria Executiva de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Seaps) da Sesa e
aprovada no último mês de dezembro.
Segundo a titular da Seaps, Vaudelice Mota, a meta é que esses pacientes recebam, além de assistência física e psicológica, um bom acolhimento. Veja o depoimento da gestora:
“Queremos que esses pacientes sigam uma linha de acompanhamento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), para que, na apuração, os nossos profissionais saibam como ajudá-los e para onde direcioná-los. No entanto, é necessário criar ou aperfeiçoar o desenho desse fluxo em todas as cidades”, explica.
Ao fim do curso, os alunos elaboraram um
fluxograma de atendimento para a rede intersetorial.
Impressões de quem fez
A enfermeira Monisya Oliveira, de Milagres, a
440 quilômetros de Fortaleza, foi uma das integrantes da primeira turma da
capacitação, no Cariri. Além de atuar na Residência Integral em Saúde da
Família, Comunidade e Vigilância em Saúde do município, ela é articuladora de
um programa que tem como missão fortalecer a rede de proteção das vítimas de
violência. Por esse motivo, a profissional foi indicada a participar do curso. A
enfermeira Cláudia Roberta, de Ocara, também ingressou na trilha de
aprendizagem e acredita que o conhecimento adquirido vai ser essencial para
otimizar a rotina de trabalho dela.
(Gov. CE)
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