O negócio é tão bom, tão rentável e confortável a tal ponto que faz os polítcos confundirem o tempo que passam cumprindo o mandato com o exercício de uma profissão como outra qualquer.
Isso simplesmente explica, MAS NÃO JUSTIFICA, a briga ferrenha que travam para se manterem no poder. Também explica, MAS NÃO JUSTIFICA, o escandaloso rasgamento de dinheiro, cujo ressarcimento termina sendo feito pela população, caso o candidato seja eleitos.
Já passa da hora de o povo brasileiro entender que ele é quem tem de banir essa prática, já que os políticos jamais irão criar leis que venham prejudicar a eles próprios. Mesmo que tarde, faz-se urgentemente necessário que a sociedade exija a implantação no Poder Legislativo da mesma regra que já é aplicada no Executivo. Ou seja, o direito de apenas dois mandatos consecutivos. Seria o início do fim da eternização no poder, tão praticada no Brasil ao longo dos anos. Leia mais na reportagem abaixo, do jornal O Globo de hoje.
Levantamento divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as profissões dos candidatos às prefeituras deste ano apontou um dado curioso. A ocupação mais declarada por eles foi a de prefeito - 1.934, que, na verdade, é um cargo administrativo, e não uma profissão. (Confira o infográfico com as profissões dos candidatos destas eleições).
A segunda mais declarada foi a de empresário (1.838), seguido por comerciante (1.026), agricultor (986) e advogado (833). A profissão vereador foi apontada por 911 candidatos a prefeito, e se encontra na nona posição.
Comparado à última eleição municipal, em 2008, a profissão entre os candidatos que mais cresceu foi a de digitador (500%) - que, este ano, registra apenas seis candidatos. Dezoito profissões aparecem no levantamento do TSE com apenas um candidato, entre elas as de agente de viagem, serralheiro, jardineiro, funileiro e terapeuta.
Já entre os candidatos a vereador de todo o país, a ocupação mais declarada foi a de servidor público municipal (37.844). A profissão “vereador” aparece em 6º lugar (18.939), menos que dona de casa, que está na 5ª posição com 22.662.
Para o cientista político Manuel Sanches, da UFRJ, os números mostram um grande índice de reeleição de prefeitos em todo o país, que desejam se manter no poder. Além disso, também revelam uma vaidade por parte daqueles que já foram eleitos, e que esquecem suas verdadeiras profissões para se autoafirmarem como “o prefeito da cidade”.
- É o caso explícito da “Lei de Ferro da Oligarquia” (do sociólogo alemão Robert Michels). Existe uma tendência de quem chega ao poder se reproduzir no poder. É um fato que é registrado não só na política brasileira, e sim do mundo inteiro. É uma tendência natural entre as pessoas que tem interesse na política. Quando estas estão mais velhas, elas tendem colocar os seus filhos como candidatos, a fim de perpetuar o poder. Esses políticos, naturalmente, criam esta oligarquia, que vai se reproduzir e se manter no poder - disse, usando como exemplo o caso do candidato Rodrigo Maia (DEM), filho do ex-prefeito Cesar Maia. (O Globo)
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