
Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora nacional da campanha, Luna Azulay,
explicou que a psoríase é uma doença inflamatória que provoca placas vermelhas
com descamação. Os primeiros sinais se manifestam em torno dos 20 anos e afetam
regiões como cotovelos e couro cabeludo.
“É uma doença crônica, mas esse fato nunca vai
tirar a esperança de ninguém e não quer dizer que a pessoa tem que ficar cheia
de lesão o tempo inteiro. Ela pode ficar sem nada. Tenho pacientes que já foram
internados oito vezes e, hoje em dia, não têm nada – vão ao ambulatório apenas
para controle”, explicou.
Luna lembrou que a psoríase ainda não em cura e
pode, ao longo da vida do paciente, apresentar momentos de melhora e piora.
Além da pele e do couro cabeludo, a inflamação também afeta unhas e
articulações. Os sinais, muitas vezes, são confundidos com micoses e dermatites
e os remédios para esses tipos de doença podem provocar uma piora no quadro de
psoríase. O importante, segundo a médica, é que o tratamento correto seja
seguido à risca.
“Existe muito preconceito porque o aspecto da pele
não é agradável. Os pacientes sofrem quando entram em ônibus e trens. Ainda
existem concursos públicos que [no edital] dizem que pessoas com psoríase não
devem se candidatar”, destacou.
Estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia
indicam que cerca de 3% dos brasileiros tenham psoríase. Em outubro, portarias
publicadas no Diário Oficial da União ampliaram a lista de
medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com a
doença. O clobetasol passou a ser uma nova opção de tratamento para pacientes
com psoríase moderada (que tenham mais de 10% da pele comprometida) e será
ofertado em duas formas: pomada e xampu.
Algumas secretarias estaduais de Saúde, de acordo
com a pasta, disponibilizam mais quatro remédios para o tratamento tópico da
psoríase: dexametasona, ácido salicílico, alcatrão e calcipotriol, que agem na
melhora das lesões cutâneas. Para os casos mais graves da doença (artrite
psoriásica), o SUS oferta sete opções de tratamento (adalimumabe, etanercepte,
infliximabe, ciclosporina, metotrexato, sulfassalazina e leflunomida), em 13
diferentes apresentações. (Ag. Brasil)
SAIBA MAIS
com Dr. Cid Sabbag
(Matéria da CNT)
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