Após pressão popular, o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou, na manhã desta terça-feira (3/3),
que a Mesa Diretora da Casa vai revogar o ato que permitia o benefício de
passagens aéreas para cônjuges de deputados. O cancelamento, porém, está
sujeito a “exceções”.
“A Mesa vai analisar regimentalmente as excepcionalidades
em separado. A revogação do ato volta a situação original”, explicou o
presidente. Até a decisão da Mesa, bilhetes aéreos só podiam ser emitidos para
os deputados e seus assessores de gabinete.
Cunha citou como exemplo de excepcionalidade o caso da deputada federal Mara
Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica e precisa de uma pessoa para ajudá-la a se
locomover. Ele não quis apontar novos casos e não anunciou se já recebeu algum
pedido específico.
Mara Gabrilli rebateu que, no caso dela, a própria companhia
aérea é obrigada a dar um reajuste de 80% nas passagens dos acompanhantes, ou
seja, a Câmara só arca com 20% do ticket.
Antes da revogação, cinco partidos (PT, PSDB, PSol, PCdoB e PPS) já
haviam anunciado que abririam mão do uso da verba para cônjuges. Ontem, o
Ministério Público Federal também havia pedido o cancelamento do ato. (Correio
Braziliense)
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