sábado, 30 de maio de 2015

POUCAS & BOAS - artemisiodacosta@hotmail.com - Do Jornal Correio da Semana - Sobra-CE 30.05.16

E por que não também no Legislativo?

Na quarta-feira (27), foi aprovada por 452 votos a favor, 19 contra e 1 abstenção, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma política. Chega, portanto, ao fim a reeleição para os cargos executivos. Mas, para isso, precisa ainda ser aprovado em segundo turno na Câmara para depois ser apreciado, também em duas votações, pelo Senado.

A nova regra não se aplica aos prefeitos eleitos pela primeira vez em 2012 e aos governadores também eleitos pela primeira vez em 2014, nem a quem os suceder nos seis meses anteriores ao pleito. Dilma Rousseff está de fora porque, já reeleita, não poderá se candidatar em 2018.

Agora, difícil (quase impossível) é aparecer um parlamentar que tenha coragem de criar uma lei ou, pelo menos, um projeto que proíba vereadores, deputados e senadores serem eleitos seguidamente por mais de duas vezes. É inconstitucional? Que se altere/emende a Constituição. Enfim, ela existe para proteger e bem servir ao povo e não o contrário.

Pode até já ter aparecido esse herói. Só que pouco divulgado para a população, razão pela qual sua ideia deve ter sido sufocada no nascedouro. Mas somente um brasileiro dessa envergadura não seria bastante. É necessário também quem o apoie, faça vitorioso e implantado urgentemente seu projeto. Não aparecendo esse corajoso, só o povo mesmo para mudar esse maléfico costume da eternização no poder instalado no País.

Vale salientar que é preciso muita hombridade para legislar contra a causa própria (deputado votar contra ele mesmo, por exemplo). Talvez essa seja a razão de a questão permanecer como está: Imexível, como diria Antonio Rogério Magri, Ministro do Trabalho do governo Collor de Melo.

É preciso também muita coragem para legislar em prol da causa de todos os outros cidadãos (deputado votando a favor do povo e pelo fim da reeleição indefinidamente). Principalmente sabendo que a vitória cairá nas mãos do povo que terá mais opções.  E quando esses homens mostrarem sua cara nada mais justo que apoiá-los.

Norteado por esse pensamento é que engrosso o coro crescente daqueles que consideram passar da hora de dar um basta nessa imoral prática da  eternização no poder. O pior é que, na maioria das vezes, essa vitaliciedade vem desacompanhada do mínimo de ações, ou de nenhuma, em prol da população. É o caso de muitos políticos que detêm mandatos durante vinte, trinta, quarenta anos e até mais.

A maioria deles é composta pelos que: ou não fazem nada ou atrapalham quem quer fazer ou, ainda, não deixam alguém fazer. E mais: muitos ainda zombam de quem trabalha em prol do povo. Esses (políticos) são os mesmos que mantêm encabrestados e fiéis às suas ordens aqueles que os sustentam no poder. E mais: conseguem isso através de uma amizade geralmente interesseira, ou fazendo pequenos favores, ou doando ração financeira ou através de uma lavagem cerebral nos encabrestados.

Mas surge uma pequena claridade no final do túnel. Embora lentamente, isso está mudando. Está diminuindo o número dos que patrocinam essa secular e nojenta forma de fazer política, de manter-se em cargos pela vida inteira. Cresce também o contingente dos que se aceitam e passam a agir como “animal político”. Por fim, está-se extinguindo o rebanho dos que rejeitam a condição de “animal político” e ficam apenas como “animal”: nada questionam, nada protestam e tudo aceitam servilmente.

Por outro lado, têm aparecido por todo o Brasil mentes preocupadas em entender o processo de degeneração em que emergiu a política brasileira. Mentes que se prestam não somente a desvendar o problema, mas também a discutir e a agir para inverter esse quadro de corrupção nacional.  

Graças a Deus, são mentes que despertaram para o fato de que a corrupção tende a se transformar (ou já se transformou) em forma de governo para a maioria dos políticos. E entendem que a corrupção tornou-se lei de sobrevivência para os que evitam reconhecê-la como anomalia moral, deficiência de caráter, mas, sim, como uma prática normal no Brasil.

A essas novas mentes, que representam a esperança do País, proponho questionar as razões pelas quais muitos políticos insistem em permanecer no exercício de mandato pela vida inteira.

Tente também questionar e combater as razões pelas quais esse tipo de político do legislativo rejeita veementemente o interstício depois do segundo mandado? Será simplesmente a gula pelo poder? Será o temor de não retornar devido à concorrência de novos pleiteantes? Ou será a necessidade do mandato para manter-se imune ou impune de atos suspeitos? Pense nisso!
******
Menos fumaça
Os dados a seguir são do VIGITEL 2014, que é um sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico do governo federal. Hoje, 10,8% dos brasileiros ainda mantém o hábito de fumar – o índice é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). Os números representam uma queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos.

Eles & elas
Os homens fumam mais em Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%) e as mulheres em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%). O tabagismo é menos frequente em Fortaleza (8,6%), Salvador (9%) e São Luís (9,3%) entre os homens, e no público feminino em São Luís (2,5%), Palmas (3%) e Teresina (3,1%).

Levando no bico
Por incrível que pareça, no País ainda se encontra médico aconselhando paciente a não fumar, mas de cigarro no bico; Professores falando aos alunos sobre os malefícios do fumo, mas de cigarro no bico; Pais mandando filho (a) menor comprar cigarro, já que o do bico está quase acabando... Amanhã (31/05) será Dia Mundial sem Tabaco. Você ainda está de cigarro no bico?

Pérolas do Rádio
Analisando a demissão de um ocupante de importante cargo, o radialista assim se expressou: “Se o homi se mantesse no cargo taria a maior esculambação”. Além de procurar esforçar-se para evitar termos chulos (palavrões), e ainda pronunciados de forma errada, o colega deveria também dar uma repassada nas lições sobre verbos. CORRIGINDO: Se o homem se mantivesse no cargo estaria a maior esculhambação (bagunça ou desordem soaria melhor)

Domingo na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, entrevistas e a música de qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496.

LEIA, CRITIQUE, SUGIRA E DIVULGE
www.artemisiodacosta.blogspot.com





Nenhum comentário:

Postar um comentário