ACONSELHEI-LHE
A QUE ESTUDASSE
Deverá dizer-se: Aconselhei-o a que estudasse. Quem aconselha, aconselha alguém a fazer ou a não fazer alguma coisa. Poder-se-á, entretanto, dizer: Aconselhei-lhe que estudasse, pois, neste caso, “que estudasse” funciona como objeto direto.
Deverá dizer-se: Aconselhei-o a que estudasse. Quem aconselha, aconselha alguém a fazer ou a não fazer alguma coisa. Poder-se-á, entretanto, dizer: Aconselhei-lhe que estudasse, pois, neste caso, “que estudasse” funciona como objeto direto.
EIS
O RELÓGIO COM QUE LHE PREMIEI
Falando
corretamente será: Eis o relógio com que o premiei. Premia-se alguém e não a
alguém. Assim, diremos: É preciso premiar os bons alunos (os bons alunos, objeto
direto), pois, premiando-os, damos-lhes um novo incentivo. Entretanto, dever-se-á
dizer: Premiei-lhe o esforço. Neste caso, o objeto direto é esforço,
funcionando o pronome “lhe” como possessivo: Premiei seu esforço.
A
INVESTIGAÇÃO QUE O DELEGADO MANDOU PROCEDER, TEVE INÍCIO, HOJE
Diga-se
com acerto: A investigação a que o delegado mandou proceder, teve início, hoje.
Com efeito, o verbo proceder, na acepção de instaurar ou fazer, exige
preposição “a”. Eis por que dizemos: O bedel procedeu à chamada; O perito
procedeu ao exame. É, pois, condenável a construção: O exame procedido no
cadáver pelo perito... Isto porque, sendo o verbo transitivo indireto, exige
objeto de natureza idêntica, não podendo a frase ser apassivada. Diga-se, então:
O exame realizado, o exame levado a efeito pelo perito... ou até: O exame a que
o perito procedeu.
EM
QUE PESE A
“Em
que pese (ê) a” é uma locução prepositiva, razão porque a preposição final é
obrigatória. Ex.: Em que pese (ê) a meus pais; Em que pese (ê) ao abalizado
crítico. Não se pode converter o objeto em sujeito. Portanto, não se deve dizer:
Em que pesem as razões alegadas; Em que pesassem os acontecimentos resultantes.
Quando se trata dor, arrependimento, o verbo é impessoal: Pesa-me muito de ouvir
dizer isso de vossa mercê. Em rigor, pronuncia-se o “e” com o som fechado (pêsa)
A
PARTIR DE
A
partir de significa “a começar de”. Assim sendo, são inaceitáveis expressões do
tipo: Começaram a partir de; Terão início a partir de, etc., pois que daí resultariam
as expressões equivalentes: Começariam a começar de; Terão começo a começar de.
Na
mesma linha de considerações é inaceitável a expressão “entrar em vigor a
partir de”. Porque, nesse caso, entrar pressupõe um dado momento e não um
processo continuado. Isso não obstante, é muito comum o uso de construções
impróprias. Ex.: As inscrições para o concurso começarão a partir do dia vinte
de janeiro; A lei entrará em vigor a partir de primeiro de fevereiro.
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