SEMINOVOS
A leitora Diana trabalha
numa agência de publicidade, onde surgiu uma discussão sobre o uso do hífen na
palavra seminovos. “Verifiquei na Gramática e
cheguei à conclusão que é sem hífen. Mas como já li em muitos anúncios a
palavra hifenizada, prefiro consultara um especialista”.
Prezada Diana - O prefixo
“semi” só pode ter hífen antes de palavras começadas por h, r, s e vogais:
semi-internato, semi-aberto, etc. Antes das demais letras ele jamais vai ser hifenizado:
semidireto, seminu, semicírculo, seminovo. Esse nem ao menos é um daqueles
casos discutíveis ou duvidosos; ao contrário, é daqueles básicos e elementares.
Se você tem uma boa
Gramática, deve acreditar nela. Seminovo não tem hífen mesmo! Quer conferir, vá
as revendas de carros da cidade. É uma gracinha!
“TREIS” E “HUM” NO CHEQUE
Um leitor quer saber se pode
escrever “treis” e “hum” em cheque. O professor explica que pode, mas é um
atentado à Ortografia. “Caro professor - Eu
gostaria de saber se é permitido a grafia do número 3 com ´treis´ em cheque”.
Meu carro Rodrigues - Você
pode escrever no cheque do jeito que quiser, desde que o Caixa aceite. Isso não
depende das regras de Ortografia. Se você escrever tres, treis, trez, trêz ou
treiz, todas estão erradas quanto à norma é três, mas podem valer (quem sabe?)
no mundo bancário.
Da mesma forma, “hum” é uma
aberração ortográfica, mas é recomendável em cheques e títulos de crédito
manuscritos, para evitar a fácil adulteração para “cem”. (Agora, usar em texto
digitado, é uma burrice oceânica).
“Seicentos” está errado, mas
a maioria dos Caixas paga um cheque escrito assim. Porque não lhes cabe ficar
corrigindo a grafia errada dos outros. Espero que você perceba, portanto, que o
“permitido” na sua pergunta nada tem a ver com a norma ortográfica vigente.
IMPRENSA ESCRITA,
IMPRENSA FALADA, IMPRENSA TELEVISADA (OU TELEVISIONADA)
Embora já bastante vulgarizadas e acolhidas em dicionários, estas
expressões pecam pela impropriedade de adjetivação. Diga-se apenas imprensa
(com referência a jornais, livros e revistas), rádio, televisão. Para designar
o conjunto dos processos escritos e eletrônicos de divulgação de informações,
prefira-se meios de comunicação ou veículos de informação.
JORGE OU GEORGE
Ana, estudante de letras,
relata que houve uma grande discussão na aula de Português sobre qual seria a
forma correta: se Jorge ou George. Apesar da explicação do professor, continuou
com dúvidas e gostaria de saber qual é a forma correta.
Minha cara Ana, - Não entendo
qual é o problema. O nome em português é Jorge; em inglês é George. Muita gente
dá a seus filhos nomes estrangeiros: Ronald, William, Philip, Jean, Elizabeth
etc. Outros preferem usar seus equivalentes em português: Ronaldo, Guilherme, Filipe,
João etc.
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