A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF)
autorização para tomar os depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e ex-ministros e investigados na Operação Lava Jato ligados ao PP, ao
PMDB e ao PT. A solicitação consta do ofício no qual a PF pede mais prazo ao
ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF, para dar
continuidade a um dos inquéritos da operação.
Antes de tomar uma decisão, Zavascki deverá pedir parecer do procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, sobre a viabilidade dos depoimentos.
Segundo a PF, o ex-presidente não é investigado na Lava Jato, mas
o depoimento é necessário, diante das acusações feitas por diversos delatores,
que envolvem parlamentares que fizeram parte da base de apoio ao governo Lula.
"Faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então mandatário
maior da nação, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de que apresente a sua versão
para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário de seu
governo", diz a Polícia Federal no ofício.
Com a prorrogação do inquérito, a PF também pretende ouvir executivos
de empresas que fizeram doações a parlamentares dos três partidos, do
ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; de Maria Cléia Santos, assessora do
senador Valdir Raupp (PMDB-RO), além do presidente do PT, Rui Falcão, e do
ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
A Polícia Federal pediu também que sejam ouvidos a ex-ministra da
Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti, o ex-ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho e o ex-ministro
da Casa Civil José Dirceu.
Procurado pela Agência
Brasil, o Instituto Lula não se pronunciou. O PT preferiu não
se manifestar, dizendo que não foi notificado sobre o pedido da Polícia Federal
para ouvir Rui Falcão e Lula. A reportagem também entrou em contato com a
assessoria do senador Valdir Raupp e aguarda retorno. Os outros que a Polícia
Federal pede que sejam ouvidos também não são citados no processo da Lava Jato
e a Agência
Brasil não
conseguiu o contato dessas pessoas. (Ag. Brasil)
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