sábado, 13 de fevereiro de 2016

POUCAS & BOAS - artemísiodacosta@hotmail.com - 13.02.2016

Teje preso! Teje solto!

Conforme o que vem ocorrendo na cidade de Sobral (CE), não faz mal relembrar o que escrevi há algum tempo por aqui. Se o texto continua atual, vamos a ele.
"TEJE PRESO!", "TEJE SOLTO!" - eram as duas “ordens” que celebrizaram o saudoso Cabo Xixá, folclórico policial militar sobralense de outras eras. Havendo reação à primeira (ordem), a segunda era imediatamente emitida para satisfação do bandido e para alívio daquele ‘corajoso’ homem da lei.

Era mais ou menos assim: Intimado por Xixá para ser conduzido à cadeia, de imediato o malfeitor até que aceitava. Mas havia aqueles que não gostavam do passeio e, de repente, disparavam: “Quer saber de uma coisa: Eu não vou mais, não”. E o próprio Xixá ajudava na recusa: “Tem toda razão, pois se eu fosse você também não ia, não”. E assim, a lei e o contraventor iam-se entendendo.

Pois é, amigos, infelizmente esse episódio do “Teje preso! Teje solto!” vem sendo lembrado e associado ao desfecho de algumas prisões realmente efetivadas por policiais militares na cidade. Tratam-se dos crescentes casos de soltura ultrarrápida de elementos comprovadamente nocivos à sociedade e que vem ocorrendo na mesma Sobral do esperto Cabo Xixá. Mas são outros os patrocinadores da atual prática desse “Teje preso! Teje solto!”

Vale salientar que o que motiva essa grosseira comparação entre a ação policial dessas duas épocas vem trazendo enormes prejuízos à corporação, inclusive o sentimento de frustração, a vontade de desistir em alguns componentes. Primeiro, diferentemente do policial Xixá, que evitava qualquer confronto para preservar sua vida, os policiais de hoje arriscam suas vidas diariamente em todo confronto com bandidos. Detalhe: Numa luta desigual no que concerne a armamentos, transportes e outros equipamentos de trabalho, sem falar nos salários incompatíveis com os serviços que prestam.

E para arrematar, ou melhor, para desmoralizar o árduo trabalho, cresce a cada dia a ação dos inescrupulosos advogados de porta de cadeira. Verdadeiros advogados caça-níqueis, que enodoam a valorosa classe e que se aproveitam de uma legislação de certo modo condescendente com o crime. Profissionais que se vêm escudando em leis frouxas ou mal feitas, que escancaram uma janela de escape para a bandidagem, enquanto obrigam a sociedade a se trancafiar atrás de grades. Esses, sim, são os verdadeiros promoventes do “Teje preso! Teje solto!” da atualidade.

Não resta dúvida: As Polícias têm trabalhado e muito; o Judiciário tem feito sua parte e julgado conforme as leis vigentes no País.

Eis aí o “X” da questão: as leis vigentes no País. Questioná-las visando a atualizá-la, adequá-las ou mudá-las, se preciso, é a única saída. E fazer isso é responsabilidade também de cada um de nós e não somente dos políticos e legisladores. Para tanto, faz-se imprescindível cada cidadão não estar preso a paixões políticas, a favores e a submissões dos dominadores. É preciso que “Teje solto!” Sempre!
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Sinais dos tempos
Visando esconder os danos e as marcas causados pelo tempo, um casal amigo quase sessentão, já temendo leves sinais que aparentam demência, confessou-me: “Daremos uma sacudida em suas vidas, uma recauchutada em seus corpos”.

Idade real X Realidade X Ida de real
A nossa intimidade os impede que escondam de mim a idade real de cada e a realidade sobre a saúde de ambos. Também me autoriza a alertá-los sobre a ida de real volumosa para clínicas e os médicos. E a sugerir que estariam preferindo algo perfeitamente adiável a prioridades mais urgentes, caso partam para a reforma corporal, a meu ver, ainda não tão necessária.

Sem serventia
A situação do casal não deixou outra opção a não ser fazê-lo conhecer a profecia do famoso Dr. Dráuzio Varella (foto), que diz: “No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas que não se lembrarão para que servem.” Dr. Dráuzio está todo domingo no Fantástico (Globo), apresentando a série “O Brasil sem cigarro”.

Vade retro!
É o que bradam muitos bebedores sempre depois da Quarta-feira de Cinzas, ao iniciar mais um recesso etílico. Para alegria das famílias e tristeza dos donos de bares essa saudável prática vem se difundido muito. Movidos apenas pela curiosidade do desafio, têm entrado nessa bebedores sociais e até mesmo diaristas moderados (Pasmem!). È o bloco dos quaresmeiros.

Descanso
Além de darem um descanso ao fígado, principalmente, muitos também aproveitam para aparar arestas no lar, equilibrar finanças e desintoxicar o espírito. E, às vezes, culminando no abandono definitivo do copo.

Porre de sobriedade
Outros, mesmo sem beber, não conseguem se reconciliar com a síndrome da abstinência. Transformam-se num “porre” de sobriedade para familiares e amigos. Massacram a todos com sua impaciência e impertinência, forçando-os até a concluir que melhor seria sem o recesso alcoólico.

Últimas tentações
Lutar para abandonar o álcool ou, não sendo possível, pelo menos voltar a ele com menos sede. E mais: sobreviver à aparente lentidão do ponteiro que parece não querer ultrapassar a meia-noite da Sexta-Feira Santa. Topa o desafio?

Parabéns, Sacomani!
A imprensa que cobre o Carnaval deveria experimentar ir além dos batidos plantões das delegacias, dos hospitais e dos barracões. Uma excessão:Programa EU PARTICIPO, do Carlos Sacomani e Valmir Dias. Seguiram algumas dicas aqui já mencionadas: Inserir em seus programas alertas e entrevistas sobre saúde, segurança, resgate da história e mais informações sobre a maior festa popular brasileira. Enfim, movimentação carnavalesca em Sobral continua sendo a mínima. Valeu!

Grande salto
Organizar-se e começar a trabalhar mais cedo; exigir do executivo verbas com antecipação; deixar de confiar unicamente na ajuda prefeitural e arquitetar previamente planos para arrecadar fundos através de promoções e eventos durante todo o ano. Eis a receita de um grande salto para as Escolas de Samba se livrarem da humilhação e do vexame a que são submetidas por dependerem da Prefeitura de Sobral.

Pérolas do rádio
No domingo passado (4), confiando cegamente na parcial e apressada identificação que sempre faz antes de levar ao ar seus entrevistados, o radialista soltou essa pérola: Conversarei agora com dona Fransquinha Alves, fundadora e presidenta do Grupo Viva a Vida de Sobral, cujo esposo já é falecido...” Antes de concluir a frase foi surpreendido pelo alerta desesperado, e em coro, da “suposta” viúva e dos outros entrevistados: “O esposo está viiiiivo!!! Tá ali ele, do lado de fora do estúdio”. Para o comunicador só restou admitir, no ar, seu erro criminoso e pedir desculpas. Nome do fazedor de “viúva de marido vivo”: ARTEMÍSIO DA COSTA.

Domingo na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, música de qualidade e entrevistas. Ligue e participe: 3611-1550 // 3611-2496.

LEIA, CRITIQUE, SUGIRA E DIVULGE
www.artemisiodacosta.blogspot.com




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