sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

POUCAS E BOAS - artemisiodacosta@hotmail.com (Do Jornal Correio da Semana - Sobral-CE - 09.12.17)

Supervalorização do mal
Na quarta-feira (6), policiais do Rio de Janeiro conseguiram localizar e prender Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, um dos chefes do tráfico da Rocinha. Trata-se de um dos elementos mais perigosos e procurados do País. Nota dez para a Polícia!

Por outro lado, alguns policiais, inclusive o delegado da operação, acotovelaram-se para tirar um "selfezinho" com Rogério 157. Fizeram, assim, exatamente o que mais desejam os bandidos - a supervalorização. Nota zero para tais policiais, que possivelmente serão repreendidos ou até punidos.

Esse episódio veio reforçar ainda mais o que penso, e sempre digo, a respeito do tratamento inadequado que algumas pessoas dispensam a infratores e criminosos. Para mim, cidadão tem de ser tratado como cidadão; marginal, como marginal, respeitando-se, é claro, também seus direitos como pessoa.

Agora, fazendo um ligeiro mea culpa, tenho de concordar que grande parte da imprensa brasileira incorre no mesmo ‘pecado’ cometido pelos policiais cariocas. Quase sempre muitos profissionais são impulsionados pela ânsia de noticiar em primeira mão (dar “furos”) ou pela necessidade de exercitar o sensacionalismo. Desse modo, terminam contribuindo fortemente para inflar o ego de quem, por seus maus atos, merece repreensão e até punição.

Por falar nisso, certa vez, mesmo de longe ouvi um marginal bradar para um grupo de pessoas, tão logo ouviu seu nome citado num programa policial local. Disse ele: “Tão vendo aí como é! Sou manchete mesmo! Vão aprendendo, manos!

Infelizmente, é desse modo que reagem alguns marginais que “se acham” supervalorizados, quando ganham vez e voz em algumas emissoras de rádio e TV. Detalhe: estufam ainda mais o peito quando falam diante de crianças, que, admiradas, inocentemente talvez até sintam inveja da importância da nova “celebridade” fabricada pela imprensa. Quanto desserviço, colegas!

Mas ainda bem que vem diminuindo o número de apresentadores/repórteres que costumam ligar câmeras ou abrir microfones para malfeitores deitarem falação sobre seus “feitos”. Depois tais “santinhos” saem a se vangloriar e até a divulgar agenda de futuras ações. Pena que nem todo cidadão têm tanta vez e voz como esses “inocentes”.  
Como se não bastasse, algumas emissoras repetem o “furo” em sua grade. Isso demonstra desinteresse ou preguiça do profissional para buscar novas notícias, bem como deixa transparecer até uma comodidade mórbida. 

Por fim, não esqueçam: Perde gradativamente credibilidade e audiência quem contribui para a supervalorização do mal ou de quem o produz. E isso independentemente de que seja jornalista, radialista, policial ou quem, em seu trabalho, mantenha contato com malfeitores.

Portanto, parabéns aos profissionais que recusam seguir esse perigoso e maléfico caminho. E que continuem combatendo o mal e sendo fiéis defensores e anunciadores do Bem. 

(Fotos do Jornal o Globo)
Abrigo
A Capela existente no Abrigo Sagrado Coração de Jesus é dedicada à Nossa Senhora das Graças?

Responda, se souber
Quando/onde morreu Pe. Ibiapina e onde está sepultado? Resposta na Coluna de amanhã.

É mesmo, né?
"Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades".  (Papa Francisco)

Sinceramente
Na quinta-feira (8), transcorreu o Dia Internacional da Justiça e o Dia Nacional da Família; hoje (10) transcorre o Dia Internacional dos Direitos Humanos, para lembrar a adoção, em 1948, da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU. Agora, tente responder sinceramente para si mesmo (a): “No que concerne a direitos humanos, estarei fazendo justiça apenas quando se trata da minha família?” 

Domingo na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
Neste domingo, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, música de boa qualidade. Participe 3611-1550 // 3611-2496 // WhatsApp (88) 99618-9555  // Facebook: Artemísio da Costa.
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