Candidaturas impugnadas
nas eleições 2018 receberam um total de R$ 38,7 milhões do
fundo eleitoral e de doações oficiais. O valor, pelas regras da Justiça
Eleitoral, terá de ser devolvido. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
foi responsável por R$ 20 milhões do total.
Os valores foram arrecadados
antes da confirmação de Fernando Haddad na cabeça da chapa presidencial. A
campanha de Lula declarou ter gastado R$ 19,7 milhões dos valores recebidos.
Outros 1,2 mil candidatos
incorreram na mesma irregularidade. As prestações de contas entregues à Justiça
mostram que os candidatos impedidos gastaram R$ 36,3 milhões - ou seja, há
ainda R$ 2,4 milhões que repassados, mas não gastos.
Os dados foram organizados
pela ONG Movimento Transparência Partidária, com base nas informações
publicadas pelo TSE na internet. O Ministério Público Eleitoral (MPE) estuda
como reaver o valor total.
A Transparência Partidária
também lançou nesta segunda-feira, 12, uma plataforma que agrega informações do
TSE sobre as prestações de contas. "A Justiça Eleitoral não tinha, por
exemplo, uma ferramenta para agregar todas as informações sobre os
principais gastos de campanha por exemplo", diz o diretor da ONG, Marcelo
Issa.
Segundo o relatório da ONG, em
2018 o principal gasto de campanha foi com impressão de material publicitário.
Foram R$ 572 milhões gastos com esse tipo de despesa. O segundo maior gasto foi
com despesa de pessoal.
Também é possível dividir o
gasto por idade, sexo e cor dos candidatos, por exemplo. "Acredito
que, hoje, a plataforma é capaz de responder a qualquer pergunta sobre os
gastos de campanha", diz Issa. (Estadão)
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