O primeiro fim de semana de novembro no Ceará
teve registros de chuvas isoladas, principalmente no sul do Estado. Conforme
dados ainda parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), entre sábado (3) e domingo (4), pelo menos sete municípios receberam
precipitações e, de domingo para esta segunda-feira (5), mais sete. Neste
intervalo de três dias, o maior registro foi em Santana do Cariri, com 16
milímetros.
Já nesta quarta-feira a Funceme registrou
chuvas em pelo menos 14 municípios cearenses. Destaque para Horizonte (12
milímetros), Aurora, Região do Cariri (8,2 milímetros) e Beberibe ( 8
milímetros). Houve precipitações também em Itaitinga (7 milímetros), Arneiroz
(5,3 milímetros), Itaitinga (4,8 milímetros), Pacajus (4,0 milímetros),
Pacatuba (3,4 milímetros), Guaiúba (3,0 milímetros) e Redenção (2,4
milímetros).
De acordo com o supervisor da Unidade de
Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz, as chuvas registradas nos últimos dias,
assim como nas primeiras horas desta segunda, estão associadas a sistemas
frontais, já em fase final, vindos da região Sudeste. Tais sistemas têm
colaborado para formação de nuvens no sul do Nordeste e, consequentemente, as
precipitações.
Para esta terça e na quarta-feira (7), os
meteorologistas da Funceme preveem nebulosidade variável com possibilidade de
chuva no sul e no litoral.
Altas temperaturas - Apesar das precipitações
dos últimos dias, as temperaturas devem permanecer altas, cenário típico do mês
de novembro no Ceará. Fortaleza, por exemplo, pode alcançar máxima de 33°C na
próxima terça (6). Nas últimas 24 horas, as maiores temperaturas do Estado
foram registradas em Barro (37,8°C) e Parambu (37,2°C).
A previsão também é de que o tempo continue
seco nos próximos dias, embora os índices de umidade possam a aumentar em
relação aos registros coletados em outubro. Entre este domingo e hoje,
Barbalha, no Cariri, teve a taxa de umidade relativa do ar mais baixa do Ceará:
24%. De 21% a 30%, a Organização Mundial de Saúde considera nível de atenção.
Queimadas - Além das temperaturas altas e do
tempo seco, outra característica marcante do mês de novembro é o pico do número
de foco de queimadas. Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), o Ceará registra, em média, 1.871 casos. De janeiro deste ano até esta
segunda-feira, o número de focos identificados foi de 1.532.
“As queimadas, que alcançam seu ápice em
novembro, começam a crescer em outubro indo até dezembro. Além da influência
das condições secas, que já são um agravante por si só, há uma forte cultura
das queimadas no Ceará, especialmente no fim do ano, quando são realizadas para
fins de cultivo agrícola”, explica Raul Fritz. (G1)

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