É unânime a posição de especialistas que o desafio de formar as futuras gerações exige a adoção de um esquema híbrido, que integre as vantagens do analógico e do digital. E essa mistura precisa ser gradual, acompanhada de adaptações na infraestrutura das escolas, na formação docente e nas propostas pedagógicas.
A
razão para a crítica contundente à decisão do governador Tarcísio de Freitas
(Republicanos) passa por justificativas como o exemplo
da Suécia (que adotou a digitalização completa e agora decidiu
recuar), pelo mais recente relatório da Unesco (que
sugere banir os celulares da sala de aula) e chega ao rescaldo recente da pandemia, quando a falta de
estrutura tecnológica das escolas e dos lares das famílias ficou evidente.
O
diretor executivo da ONG Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho, afirma que
dados e evidências sugerem muita cautela na adoção do digital.
"Nenhum
país fez substituição integral de impressos por digitais. A ideia é que haja
uma coexistência. A Suécia, que buscou a digitalização completa, está [voltando
atrás] e repensando essa postura", diz Nogueira.
Paulo
Blikstein, especialista no uso da tecnologia para a aprendizagem e diretor
do Transformative Learning Technologies Lab, na
Universidade de Columbia (EUA), explica ainda que não é uma questão de
"vilanizar" a tecnologia.
"Não
queremos descartar o digital, mas não é possível impor esse sistema rapidamente.
Precisa haver um processo de adequação à realidade."
Entenda
abaixo como os seguintes aspectos devem ser levados em conta quando uma rede
(ou colégio) adota o material informatizado.
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