A EBC é responsável pela formação, fortalecimento e
expansão da RNCP. A primeira transmissão ocorreu há 13 anos, com sete emissoras
universitárias e 15 emissoras públicas estaduais. Desde então, a rede veio
ampliando a difusão integrada de conteúdo jornalístico, educacional e cultural
para todas as regiões do Brasil, até chegar a 40 emissoras de rádio e 69 de
televisão, totalizando 109 veículos de radiodifusão. São emissoras que difundem
produções da TV Brasil, Rádio MEC e Rádio Nacional, além de exibir conteúdo
produzido pelas emissoras parceiras em rede nacional.
Com a consignação de novos canais de rádio e TV do
Ministério das Comunicações para a EBC, a rede praticamente vai dobrar de
tamanho. A consignação é o serviço executado em nome da União por ministérios,
EBC, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Supremo Tribunal Federal, nos
termos da Portaria nº 04, de 17 de janeiro de 2014.
Além das 32 universidades e 72 novas emissoras,
outras 13 universidades federais deverão assinar acordos similares com a EBC em
breve, com a intenção de operar em parceria outras 28 estações, chegando a 100
novas emissoras em potencial.
"Esse ato de hoje é o maior movimento de
expansão da rede nacional de comunicação pública da história da EBC",
destacou o ministro da Secom, Paulo Pimenta.
Para o diretor-presidente da EBC, Hélio Doyle, os
acordos de cooperação representam um marco na história da comunicação pública.
"Até o momento, como nós vimos, integram a
Rede Nacional de Comunicação Pública, 40 emissoras de rádio e 69 de televisão.
Com as assinaturas de hoje, passamos a contar com 91 emissoras de rádio e 118
emissoras de televisão. Um número bastante expressivo, que tornará essa rede
ainda mais forte", detalhou.
"Desde que assumimos a direção da EBC,
procuramos aprofundar a relação com as universidades federais, com as
universidades públicas. Aumentamos a produção de notícias feitas por emissoras
universitárias em nossa programação, em nossos telejornais", acrescentou
Doyle.
Conteúdos de qualidade
Reitora da Universidade de Brasília (UnB) e atual
presidente da Andifes, Márcia Abrahão Moura celebrou o passo dado pelas
universidades na expansão da rede pública de comunicação. Os acordos previstos,
segundo ela, vão estabelecer novas emissoras em 50 municípios.
"Nós prontamente aderimos ao chamamento,
porque sabemos da importância que é levar comunicação de qualidade, com
informações verdadeiras. Vivemos num mundo, e num momento do nosso país, em que
uma informação de qualidade é fundamental", observou.
Para a reitora, o desafio agora é assegurar
recursos para a implantação e operação dessas emissoras.
"Certamente todo esse avanço necessita de mais
investimento, mais pessoal. O financiamento não só para a manutenção das nossas
instituições, mas também a ampliação do orçamento para que a gente possa dar
conta das nossas obrigações, e com grande compromisso social."
Em entrevista a jornalistas após o evento que
anunciou a expansão da RNCP, Paulo Pimenta mencionou o caráter de
complementaridade da comunicação pública na oferta de conteúdos à população.
"Esse gesto de parceria da EBC com as
universidades públicas é uma afirmação de uma comunicação que traz para a
população a oportunidade de ter acesso a um conteúdo que comercialmente não
interessa às outras emissoras", argumentou o ministro da Secom.
(JB/Ag. Brasil)
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