A medida foi tomada pela plataforma em função da resolução aprovada em fevereiro deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para restringir o uso de inteligência artificial (IA) e determinar a adoção de medidas de combate à circulação de fatos inverídicos ou descontextualizados.
Em nota, o Google
informou que a restrição aos anúncios começará em maio, quando as resoluções do
TSE entrarão em vigor.
A empresa também
declarou que apoia a integridade das eleições. "Vamos atualizar nossa
política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação
de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio, tendo em
vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o
compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a
dialogar com autoridades em relação a este assunto", informou a
empresa.
Pelas regras do TSE,
as redes sociais deverão tomar medidas para impedir ou diminuir a circulação de
fatos inverídicos ou descontextualizados. As plataformas que não retirarem
conteúdos antidemocráticos e com discurso de ódio, como falas racistas,
homofóbicas ou nazistas, serão responsabilizadas.
A resolução também
regulamenta o uso da inteligência artificial durante as eleições municipais de
outubro.
A norma proíbe
manipulações de conteúdo falso para criar ou substituir imagem ou voz de
candidato com objetivo de prejudicar ou favorecer candidaturas. A restrição do
uso de chatbots (software que simula uma
conversa com pessoas de forma pré-programada) e avatares (corpos virtuais) para
intermediar a comunicação das campanhas com pessoas reais também foi aprovada.
O objetivo do TSE é
evitar a circulação de montagens de imagens e vozes produzidas por aplicativos de
inteligência artificial para manipular declarações falsas de candidatos e
autoridades envolvidas com a organização do pleito. (JB/Ag. Brasil)
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