A
heteroidentificação consiste na verificação de que os traços físicos dos
candidatos e candidatas que se autodeclaram pretos ou pardos correspondem aos
de pessoas negras. O processo serve para que se garanta que as vagas reservadas
a essa parcela sejam de fato ocupadas por negros e negras, evitando quem não
tem direito se beneficie da política afirmativa.
O
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Cesgranrio
atenderam à recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para oferecer
uma nova oportunidade de aprovação a 4.048 candidatos eliminados depois de
faltar ao processo de heteroidentificação, realizado em novembro de 2024. O MPF
explicou, em nota, que muitos candidatos podem ter deixado de comparecer porque
as instruções divulgadas pela organização do concurso podem ter causado
confusão.
A
Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Rio de Janeiro recebeu
relatos de candidatos que apontaram falta de clareza e dificuldades no acesso
às orientações dadas sobre a convocação. "O link de acesso à convocação na
área do candidato era o mesmo utilizado para comunicar os resultados de
recursos contra a prova discursiva, o que gerou confusão e levou à ausência
involuntária de diversos candidatos no procedimento", acrescentou o MPF.
Na
mensagem, o MPF destaca, ainda, que o MGI publicou um edital, especificamente
para divulgar a retomada do processo de heteroidentificação. Além disso, a
pasta também entrou em contato diretamente com os convocados, via área do
candidato, no site da Fundação Cesgranrio, e na página oficial do concurso,
além dos demais meios de comunicação usados pela banca, a partir das
informações cadastradas pelos candidatos.
O
CNU registrou 2.114.145 inscrições. Os candidatos concorrem a 6.640 vagas,
separadas em oito blocos temáticos. A previsão é de que o resultado final seja
divulgado no dia 11 de fevereiro.
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