Quinaipo e Kneippismo
Kneippismo é o sistema terapêutico criado por Sebastian
Kneipp (1821-1897 - foto), religioso alemão, que utilizava elementos da natureza (energia solar, ar fresco, umidade, neve
etc.) na cura de diversos males. Ele preconizava certas formas de hidroterapia, dentre as quais, pisar na
água com pés descalços. O propósito era manter os pés sempre refrescados e
recebendo ventilação para evitar problema de saúde. Estimulado pelo Padre
Sebastian Kneipp, o método certamente inspirou algum sapateiro a criar esse
tipo de calçado. É popularmente chamado aportuguesadamente de “quinaipo” ou
“quinaipe”.
Aterrissar ou aterrizar (Qual o correto?)
Você já deve ter ouvido alguém dizer
que o avião vai aterrissar. Mas certamente também já ouviu aterrizar. A dúvida
é legítima. E o que diz a Gramática?
No Português do Brasil, a forma correta
e preferida é aterrissar (com dois “s” mais o sufixo “isar”) e significa
exatamente “pousar uma aeronave no solo”. Ex.: O piloto anunciou que o avião
irá aterrissar em 15 minutos.
E aterrizar, pode? Pode... Mais ou
menos. Dicionários brasileiros já registram a grafia aterrizar, grafia menos
formal.
Resumo: Em vestibulares, concursos use
a forma aterrissar, que é a recomendável no Brasil. Já em Portugal e outros
países de Língua Portuguesa a forma aterrizar é a mais usada.
Há, ainda, a forma aterrar (pouco usado), que forma o substantivo aterragem. Por exemplo, Tom Jobim, na música Samba do avião, cita: “Vamos aterrar agora no aeroporto”.
Hidroelétrica ou hidrelétrica / Hidroavião ou hidravião?
Não há unanimidade entre os gramáticos. Portanto, podemos usar as quatro formas. Existe, sim, preferência de grafias entre brasileiras e portugueses.
E quando o avião pousa na água? Como devemos dizer?
Quando um avião pousa na água dizemos que ele faz uma amaragem ou amerissagem. Esses termos referem-se ao ato de fazer pousar uma aeronave sobre uma superfície líquida, seja um rio, um lago ou um oceano. Os aviões que são projetados para pousar e decolar na água são chamados de hidroaviões. Se um avião decolar e pousar tanto na água como em terra, é mais apropriado chama-lo de avião anfíbio.
“Bujão de gás” ou “Botijão de gás”?
Em Portugal e no Brasil, as frases
acima são sinônimas, sendo que ambas se referem ao cilindro onde o gás de
cozinha é armazenado. As duas palavras são corretas e podem ser usados
indistintamente. Particularmente, prefiro a expressão “botijão de gás” (que é a
forma incontestável).
A forma bujão, etimologicamente, significa “placa metálica para lacrar orifício”. Interessante é que em Portugal a forma mais comum e aceita para o recipiente que contém gás de cozinha é bujão, enquanto em outras regiões do Brasil o termo mais usado é botijão. No entanto, ambas as palavras se referem ao mesmo objeto.
Refrão (Qual o plural)
Consultamos o Aurélio, que registra duas formas para plural de refrão: refrãos e refrães. O termo “refrões”, apesar de coloquialmente utilizado, não possui registro nos principais dicionários da Língua Portuguesa.
Troféus ou troféis?
O plural de troféu é troféus. A palavra
segue a regra geral de formação de plural em Português, que é adicionar a letra
“s” ao final da palavra.
(*) Professor Antônio da Costa é graduado em Letras Plenas, com
Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale
do Acaraú (UVA). Contatos: (088) 99373-7724.
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