- Sisu;
- Prouni;
- Fies;
- universidades
particulares que usam o exame como vestibular;
- universidades
portuguesas, parceiras do governo brasileiro.
Desde
2017, o Enem não é mais aceito como forma de certificação do ensino médio. A
partir daquele ano, essa função passou a ser exercida por outra prova: o Encceja (Exame
Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos).
Candidatos que não tenham concluído essa etapa escolar - ou o ensino
fundamental - na idade correta devem prestar o Encceja para que, dependendo do
resultado, consigam o diploma.
A seguir, entenda como funcionam os processos seletivos que utilizam a
nota do Enem para o acesso à universidade:
Sisu - O
Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um programa do Ministério da Educação (MEC)
no qual são oferecidas vagas em instituições públicas de
ensino. Para participar, é necessário ter prestado a
última edição do Enem e tirado nota diferente de zero na redação.
O sistema informatizado fica aberto por quatro dias. Durante esse período, os candidatos
devem escolher, pelo site, até duas opções de curso nas universidades
participantes. Ao longo da semana, são exibidas notas de corte parciais,
calculadas com base no número de vagas e no desempenho dos inscritos até o
momento. Essa nota serve apenas como uma referência para que o aluno escolha
cursos em que tenha maior chance de ser aprovado.
É possível editar a inscrição até as 23h59 do último dia do Sisu.
Depois do encerramento do prazo, são divulgadas as listas de aprovados.
Cada universidade pode atribuir pesos diferentes para cada prova do
Enem - por isso, a nota do mesmo candidato pode ser diferente em um curso de
engenharia da USP, que prioriza o desempenho em matemática, e na graduação em
letras da UFF, na qual a prova de linguagens terá um peso maior.
Há duas edições do Sisu por ano.
Prouni - O
Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece bolsas de estudo parciais e
integrais em universidades particulares. Para participar, o candidato não pode
ter diploma de ensino superior. Além disso, deve ter participado da última
edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 e tirado, no mínimo, média
de 450 pontos na prova. Não é permitido ter zerado na redação.
Também é preciso se enquadrar em um dos seguintes critérios de renda:
- Bolsas
integrais: renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo
- Bolsas parciais (50%
da mensalidade coberta): renda familiar bruta mensal per capita de até 3
salários mínimos
Entre
as exigências, o candidato deve ainda se encaixar em pelo menos uma das
seguintes situações:
- ter
cursado o ensino médio em escola pública;
- ter cursado o ensino
médio em escola privada, desde que na condição de bolsista integral;
ter alguma
deficiência;
- ou ser professor do
quadro permanente de uma escola pública (nesse caso, o critério de renda
familiar não se aplica).
O
sistema de seleção é aberto uma vez a cada semestre. Informatizado, seleciona
os alunos de acordo com o desempenho no Enem. Após o candidato ser
pré-aprovado, precisa comprovar seus dados pessoais na universidade em que foi
aprovado. Só assim a vaga estará garantida.
Prouni oferece bolsas de estudo em universidades privadas — Foto: Reprodução/Pixabay
Fies - O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é diferente do Sisu e do Prouni:
oferece um financiamento das mensalidades de universidades privadas. Não é uma bolsa de
estudos.
Em 2018, o programa foi modificado e passou a ser conhecido como “Novo
Fies”. São duas modalidades:
a)
Fies
Para quem serve: estudantes cuja renda familiar per capita seja
de até 3 salários mínimos (R$ 2.994,00)
Como funciona: Pela nota do Enem, são selecionados alunos que terão
as mensalidades da graduação financiadas a juros zero. O contrato de
financiamento deve ser assinado na Caixa Econômica.
De quanto será o financiamento: Dependendo da renda do candidato, ele pegará emprestada
uma determinada quantia. Por exemplo: supondo que tenha direito a 80% de
financiamento. Se a mensalidade for de R$ 2 mil, ele terá de pagar R$ 400 por
mês. Os outros R$ 1,6 mil serão quitados depois de terminar a graduação.
O que pagarão durante o curso: O estudante precisará pagar, todo mês, aquela
quantia que não foi financiada (no exemplo acima, os R$ 400) + uma taxa de
“gastos operacionais” com o Fies + um seguro de vida. Por que esse seguro? A
justificativa é simples: em casos de invalidez ou morte do estudante, essa
quantia compensará o governo da dívida do Fies que não será paga. De acordo com
o MEC, o seguro é composto por parcelas mensais de cerca de R$ 5 – e nos cursos
de medicina, de R$ 15.
E depois do curso? Assim que concluir a graduação, o formando precisará
começar a pagar a dívida do Fies. Ou seja: quitar todo aquele valor que ele
deixou de gastar durante o curso. Nessa modalidade do Fies, se não houver
atraso, não há juros.
Para evitar a inadimplência, a quantia mensal é descontada direto da folha de
pagamento do recém-formado. Ela é proporcional ao salário dele. Veja
exemplos aqui.
b)
P-Fies
O que é: Essa modalidade, chamada de P-Fies, tem proporções bem
menores. Em 2018, por exemplo, foram 2.500 contratos firmados – no Fies, o
índice foi de 82.363 financiamentos.
Para quem serve: Estudantes cuja renda familiar per capita seja
de 3 a 5 salários mínimos (R$ 2.994 a R$ 4.990)
Como funciona: A maior diferença do P-Fies em relação ao Fies é que o
financiamento é firmado em agentes financeiros privados. São os bancos que vão
definir as condições do pagamento, como os juros, por exemplo.
Atenção: É exatamente daí que vem uma série de dificuldades: em
primeiro lugar, não é fácil encontrar uma instituição que participe do P-Fies.
Só foi possível ter acesso a essa lista de parceiros quando o G1 entrou
em contato com o MEC. São eles: Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e outros
três, por meio do programa "Pravaler": BV Financeira, Itaú Unibanco e
Banco Andbank.
A
tendência de vários bancos é oferecer esquemas próprios de financiamento, em
vez tirar as dúvidas sobre o Fies.
Universidades particulares - Determinadas
universidades privadas não participam do Prouni, mas utilizam a nota do Enem no
lugar do vestibular próprio. Elas podem estabelecer regras para o processo
seletivo, que é desvinculado de qualquer programa do governo.
Há algumas instituições que aceitam a nota não só da edição mais
recente do Enem, e sim de qualquer prova dos últimos cinco anos, por exemplo.
Outras preferem colocar o exame como um bônus a ser adicionado ao vestibular
tradicional.
Universidade de Coimbra, em Portugal, aceita a nota do Enem no processo seletivo
— Foto: Divulgação/Universidade de Coimbra
Universidades
portuguesas - O
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já
estabeleceu parceria com 42 universidades de Portugal. Elas definem a forma de
usar a nota do Enem no processo seletivo - os pesos de cada área do
conhecimento e as regras para inscrição. No convênio, o governo brasileiro não
transfere recursos nem paga auxílios estudantis aos aprovados.
Abaixo, veja a lista completa de universidades portuguesas que usam a nota do
exame:
Universidades
de Portugal que aceitam o Enem
Universidade
de Coimbra (26/05/2014)
Universidade de
Algarve (18/09/2014)
Instituto Politécnico
de Leiria (24/04/2015)
Instituto
Politécnico de Beja (10/07/2015)
Instituto
Politécnico do Porto (26/08/2015)
Instituto
Politécnico de Portalegre (08/10/2015)
Instituto
Politécnico do Cávado e do Ave (09/11/2015)
Instituto
Politécnico de Coimbra (24/11/2015)
Universidade de
Aveiro (25/11/2015)
Instituto
Politécnico de Guarda (26/11/2015)
Universidade de
Lisboa (27/11/2015)
Universidade do
Porto (09/03/2016)
Universidade da
Madeira (14/03/2016)
Instituto
Politécnico de Viseu (15/07/2016)
Instituto Politécnico
de Santarém (15/07/2016)
Universidade dos
Açores (04/08/2016)
Universidade da
Beira Interior (20/09/2016)
Universidade do
Minho (24/10/2016)
Cooperativa de
Ensino Superior Politécnico e Universitário (24/03/2017)
Universidade
Lusófona de Humanidades e Tecnologias (05/04/2017)
Instituto
Politécnico de Setúbal (05/04/2017)
Instituto
Politécnico de Bragança (06/04/2017)
Instituto
Politécnico de Castelo Branco (22/05/2017)
Universidade
Lusófona do Porto (25/05/2017)
Universidade
Portucalense (26/07/2017)
Instituto
Universitário da Maia (26/07/2017)
Instituto
Politécnico da Maia (06/10/2017)
Universidade
Católica Portuguesa (22/01/2018)
Universidade
Fernando Pessoa (26/02/2018)
Instituto
Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (27/04/2018)
Instituto Leonardo
da Vinci (27/04/2018)
Escola Superior de
Saúde do Alcoitão (23/05/2018)
Universidade Lusíada
(23/05/2018)
Universidade
Lusíada-Norte (23/05/2018)
Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra (21/09/2018)
Escola Superior
Artística do Porto (29/10/2018)
Universidade
Europeia (20/12/2018)
Instituto
Universitário de Lisboa (16/08/2019)
Universidade
Autônoma de Lisboa (16/08/2019)
Instituto
Politécnico da Lusofonia (16/08/2019)
Escola Superior de
Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (16/08/2019)
Instituto de Estudos
Superiores de Fafe (18/10/2019)
(Fonte: G1)
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