domingo, 24 de julho de 2022

Nômades digitais: os países que oferecem vistos especiais para atrair trabalhadores remotos

Quando pensamos em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, facilmente imaginamos cintilantes arranha-céus, ilhas artificiais e shopping centers que parecem labirintos.

Mas, se o governo local mantiver o ritmo, o emirado logo será lembrado também como uma espécie de centro estratégico entre a Europa e a Ásia, onde milhares de trabalhadores remotos de todo o mundo tentam fincar raízes.

Para atrair novos talentos para a região, os Emirados Árabes Unidos anunciaram, em março de 2021, uma licença de residência por um ano para trabalhadores remotos.

Este visto permite que profissionais estrangeiros morem em Dubai e continuem a trabalhar para empregadores no exterior, como fez o engenheiro de software Julien Tremblay, de Montreal, no Canadá. E também oferece aos recém-chegados a possibilidade de obter uma cédula de identidade de residente e acesso à maior parte dos serviços públicos.

Tremblay, por exemplo, pode alugar acomodações legalmente e até abrir uma conta bancária - isento do imposto de renda local.

"Quando me tornei nômade digital [cinco anos e meio atrás], havia muito poucas opções de visto", explica Tremblay, que tem 31 anos e afirma que possibilidades como a oferecida pelos Emirados Árabes são revolucionárias.

"Ela retira você da zona cinza e permite que você cumpra todas as regulamentações do local onde está morando", afirma ele. "Se você tiver intenção de não voltar a morar no seu país natal, é também muito mais fácil comprovar que você saiu e tornar-se um expatriado."

Os nômades digitais antes viviam, muitas vezes, em um limbo legal. Tecnicamente, eles não tinham autorização para trabalhar em um país estrangeiro, mas também não tinham emprego local.

Os novos vistos para nômades digitais criam uma base mais sólida, estabelecendo uma estrutura legal que oferece mais tranquilidade aos profissionais remotos de todo o mundo e às empresas que os contratam. Além disso, os vistos não são considerados uma brecha para sonegar impostos - a maioria dos nômades ainda paga impostos nos seus países de origem, para manter sua cidadania ou receber benefícios de assistência médica.

Mais de 25 países e territórios já lançaram vistos para nômades digitais, segundo um recente relatório do Instituto de Políticas Migratórias, sediado nos Estados Unidos. Essa tendência, alimentada pela pandemia, começou entre nações pequenas da Europa e do Caribe, dependentes do turismo. Agora, economias maiores, como os Emirados Árabes Unidos, a Itália e o Brasil estão lançando suas próprias iniciativas. 

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https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62244007

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