Com os resultados deste trimestre, o número
absoluto de desocupados teve baixa de 3,1% contra o trimestre anterior,
chegando a 8,3 milhões de pessoas. O país chegou ao menor contingente de
desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em abril de
2015.
Em relação
ao trimestre anterior, são 261 mil pessoas a menos no contingente de
desocupados. Comparado ao mesmo período de 2022, o recuo é de 8,5%, ou 763 mil
trabalhadores.
No trimestre, houve crescimento de 0,9% na
população ocupada, que chegou ao recorde de 100,2
milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. No
ano, o aumento foi de 0,5%, com mais 545 mil pessoas ocupadas.
Assim, o percentual de pessoas ocupadas na
população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado
em 57,2%, alta de 0,4 p.p. no trimestre. Em relação ao mesmo trimestre do ano
anterior, há estabilidade.
Veja os destaques da pesquisa
- Taxa de desocupação: 7,6%
- População desocupada: 8,3 milhões de pessoas
- População ocupada: 100,2 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,6 milhões
- População desalentada: 3,4 milhões
- Empregados com carteira assinada: 37,6 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,3 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,6 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Trabalhadores informais: 39,2 milhões
- Taxa de informalidade: 39,1%
- Carteira assinada volta a subir
O IBGE também destaca o número de empregados com
carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos), que
chegou a 37,6 milhões de trabalhadores, no maior contingente desde junho de
2014.
É um aumento de 1,7%, ou 620 mil pessoas a mais com
carteira assinada, em relação ao trimestre anterior. No trimestre encerrado em
outubro, houve aumento de 992 mil empregados com carteira a mais do que havia
no ano passado.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por
Amostra de Domicílios do IBGE, destaca que boa parte da formação de população
ocupada no trimestre veio de empregos formais. Dos mais de 860 mil novos
ocupados, cerca de 600 mil foram de carteira assinada.
O mercado de trabalho teve recuperação puxada por
informais e conta própria no pós-pandemia. Sobretudo de 2022 para cá, começamos
a acompanhar um crescimento importante do emprego com carteira.
— Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por
Amostra de Domicílios do IBGE
Quem também registrou melhora foi o número de
trabalhadores por conta própria. No trimestre encerrado em outubro eram 25,6
milhões de pessoas, alta de 1,3% contra o trimestre anterior.
Os contingentes de empregados sem carteira no setor
privado, trabalhadores domésticos, de empregadores e de empregados no setor
público ficaram estáveis no trimestre e na comparação interanual.
Por fim, a taxa de subutilização — que faz a
relação entre desocupados, quem poderia trabalhar mais e quem não quer
trabalhar contra o total da força de trabalho — voltou a registrar queda. São
20 milhões de pessoas subutilizadas no país, o que gera uma taxa de 17,5% de
subutilização. Essa é a menor taxa desde o trimestre móvel encerrado em
dezembro de 2015.
Rendimento em alta
O rendimento real habitual teve alta de 1,7% frente
ao trimestre anterior, estimado em R$ 2.999. No ano, o crescimento foi de 3,9%.
O IBGE atribui o aumento à expansão continuada entre ocupados com carteira
assinada, que têm rendimentos maiores.
Já a massa de rendimento real habitual foi estimada
em R$ 295,7 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado
subiu 2,6% frente ao trimestre anterior, e cresceu 4,7% na comparação anual.
(g1)
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