POUCAS E BOAS - artemisiodacosta@hotmail (Do Correio da Semana - 16.08.25 - Sobral-CE)

Joio e trigo

Se vivo fosse, faria neste sábado (16) cento e dois anos Milton Viola Fernandes (nome de batismo), desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, tradutor e jornalista brasileiro, que morreu aos 88 anos, em 27.03.2012, no Rio de Janeiro (RJ), onde também nasceu.

O pseudônimo Millôr Fernandes originou-se de leitura errada da caligrafia de quem levou seu nome ao cartório. Do nome Milton, o escrivão interpretou o "t" como “l”; o “n”, como "rr", e ainda acrescentou ao "o" um acento circunflexo. 

Equívoco semelhante também aconteceu com Cartola (1908-1980). Esse genial sambista carioca levou parte da vida achando chamar-se Agenor de Oliveira. Somente quando preparava a documentação do casamento descobriu haver um “n” a mais. No cartório, estava registrado Angenor de Oliveira, o que ele não procurou retificar

Por essas e outras sempre alerto a ler atentamente o que está sendo registro em cartório, como registro de filho, certidão de casamento e outros documentos.

Mas vamos a uma daquelas “pinturas” do autor do “Vão Gôgo” brasileiro. 

Certa vez, Millôr Fernandes desafiou seus leitores com esta pergunta: “Qual a diferença entre o político e o ladrão?”

Algum tempo depois, chega numa cartinha a resposta que mais lhe chamou a atenção:

“Caro Millôr, após longa pesquisa cheguei a esta conclusão: a diferença é que um eu escolho; o outro me escolhe. Estou certo? Fábio Viltrakis, Santos-SP”.

E Millôr replicou: “Puxa, Viltrakis, você é um gênio... Foi o único a encontrar uma diferença”.

Apesar da crítica mordaz oriunda da fértil inteligência de Millôr, esse curto relato remete a um urgente e mais aprofundado questionamento. E a principal motivação é exatamente a enxurrada de acontecimentos vergonhosos ocorridos dos últimos anos na área da política brasileira.

Lamentavelmente, esses fatos têm induzido muitos brasileiros, e até estrangeiros, a jogarem todos (políticos e ladrões) num balaio só. Vale dizer que, em alguns casos, é injustiça com alguns homens públicos sérios que ainda existem.

Sendo assim, quem pode discernir uma coisa da outra? Político e eleitor. Mais especificamente o segundo.

Compete aos políticos sérios e bem-intencionados mostrarem a cara, abrirem o verbo e levantaram seu repúdio àqueles que não o são. E mais: procurar de todas as formas extirpar os maus do seu meio, criar leis visando banir a perpetuação no poder ou sua transmissão intrafamiliar - de pai para filho, parente e aderente. Evitar acolher todo e qualquer elemento só porque tem meia dúzia de votos a agregar e nada mais. E muitas outras ações que demonstrem o verdadeiro interesse pelo bem da população.

E a essa (população) resta procurar conhecer mais e melhor quem vai eleger, a pessoa para quem vai passar uma procuração em branco. Não só isso, mas também acompanhar seus atos, cobrar e exigir deles mais respeito e mais compromisso.

Dessa forma, consegue-se separar o joio do trigo na política nacional. Do contrário, permanecerá tudo do mesmo jeito, o que é ruim para quase todos. Mais ainda para o povo.

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Desrespeito legal

“Corrupção é 'senhora idosa' no país”, disse um dia a presidenta Dilma Rousseff após protestos. Taí, essa é a primeira vez que uma idosa, além de não ser digna de respeito, deve ser completamente evitada e até banida.  E quem isso fizer merece prêmio e não punição. 

Dia do Patrimônio Histórico Nacional

É o que se comemora hoje (17/08) numa homenagem ao nascimento do advogado, jornalista e escritor brasileiro, Rodrigo Melo Franco de Andrade (17.08.1898), e que morreu em 11.05.1969. Por meio da Lei nº 378, de 1937, o governo Getúlio Vargas criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde o historiador trabalhou até o fim da vida. 

Esclarecimento

Em agosto de 1999, o Centro Histórico de Sobral foi transformado em patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Compreendendo um perímetro total de 5,33 Km, com uma área de 1,484 Km², a ação visa preservar muitos imóveis que ajudam a contar a história do município. Faz-se imprescindível, portanto, mais esclarecimento à população sobre o que determina a lei, quais as regiões contempladas e o que pode e não pode ser alterado nos imóveis. 

Desigual

Enquanto isso não aparece, o tratamento tem sido desigual. Vez por outra observa-se proibições de reformas em algumas edificações até não tão importantes. Por outro lado, grandes intervenções são constatadas em verdadeiras relíquias históricas, sem nenhum incômodo para seus proprietários. Além disso, há gritante descaso com outras que merecem urgentes providências. 

Histórico X Pessoal

Em muitos municípios, gestores e legisladores sabem cuidar muito bem do seu patrimônio. Isto é: do patrimônio “pessoal”. Comprova-se observando o descuido com prédios históricos e a quantidade de depredados nessas cidades. Por aqui, até que o patrimônio histórico está relativamente bem cuidado e preservado. Mesmo que, em alguns casos, o trabalho seja a passo de tartaruga. 

Ta-len-to!

Depois da morosidade experimentada na reforma da igreja das Dores, agora observamos arrastar-se a do Museu Diocesano Dom José. Mesclando ironia e realidade, no momento uma palavra é a mais apropriada para a atuação do IPHAN: Ta-len-to! 

Até quando? 

Fechado desde 9 de novembro de 2019, o Museu Dom José teve prazo de restauração de seis meses, podendo ser estendido dependendo das necessidades da obra de restauro. Mesmo sendo o quinto em arte sacra mais importante do Brasil, com mais de trinta mil peças em seu acervo, o Museu  permanece fechado. Já ruma para seis anos e nada de terminar a reforma. 

À Visa

Primeiramente um recado à Vigilância Sanitária do município: É bom ficar atenta para a alarmante proliferação de estabelecimentos que vendem refeições na cidade. Um alerta aos consumidores: Com “quentinhas” para tudo quanto é lado, e se não houver a devida fiscalização, um dia alguém acostumado a fazer uma boquinha na rua entrará numa “quente”. Duvida? 

Pérolas do Rádio

Radialista justificava gesto em favor da ouvinte Isadora Pinto: “Como ela tinha necessidade, da vez passada lhe dei uma mão. Só que nunca agradece, nunca sai obrigado da boca dela”. Cacófato deve ser palavra desconhecida para o colega. 

DOMINGO NA EDUCADORA FM 107,5 - SOBRAL-CE

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Neste domingo (17), das 10h30 às 12h30, PROGRAMA ARTEMÍSIO DA COSTA, na Educadora FM 107,5 de Sobral. Com notícias, reportagens, entrevistas, curiosidades e música de boa qualidade. DESTAQUE: Entrevista, ao vivo, com Dr. FRANCISCO AMADEU PEREIRA Jr., Cirurgião Vascular e Endovascular, que falará sobre sistema circulatório (artérias, veias, vasos linfáticos, etc.). Participe: 3611-1550 // 3611-2496 // Facebook: Artemísio da Costa. 

UM DOMINGO ABENÇADO E DIVERTIDO!